Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A partir do dia 1º de junho, os radares de velocidade começam a funcionar em 20 novos pontos de fiscalização eletrônica nas vias estratégicas de Manaus, e a equipe do Portal RIOS DE NOTÍCIAS foi às ruas para ouvir a população sobre a medida.
Para alguns motoristas ouvidos, trata-se de uma ação necessária para reduzir acidentes e salvar vidas. Para outros, é mais uma forma de penalizar financeiramente a população ao utilizar a fiscalização de maneira exagerada.
O motorista de aplicativo Paulo Freitas, de 37 anos, é favorável à medida. Para ele, os radares são essenciais para coibir o excesso de velocidade. “Acredito que os radares são uma boa ferramenta para controlar o excesso de velocidade. Todos os dias têm acontecido acidentes em Manaus, e a maioria está ligada à alta velocidade. O povo precisa de mais educação no trânsito”, defendeu.

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Já a condutora Regiane Menezes vê a iniciativa com desconfiança. “É mais uma forma de tirarem dinheiro da gente. Já pagamos muitos impostos, e isso acaba sendo mais um vilão da máquina pública”, criticou.

Na contramão dessa visão, o motorista Genivaldo Silva considera os radares uma medida educativa e necessária para o trânsito da capital amazonense. “Acho os radares muito educativos. Só acha ruim quem é irresponsável. Isso é algo muito positivo para o trânsito”, destacou.

Carlos Ferreira, também motorista, equilibrou mais as divergências e ressaltou que a presença dos radares pode ser positiva, mas requer equilíbrio e responsabilidade também do poder público.
“O radar tem a sua importância na educação dos condutores, mas dependendo da quantidade e da intensidade, pode acabar sendo usado como ferramenta de arrecadação da máquina pública. Tem o lado bom e o lado ruim“, ponderou.
Preparação dos radares
Os pontos de instalação já estão sinalizados e entre os novos dispositivos, estão 13 controladores de velocidade com leitura automática de placas, duas lombadas eletrônicas e cinco radares de avanço de sinal vermelho.
As localizações foram escolhidas com base em estudos técnicos que apontam alto fluxo de veículos e grande índice de acidentes. E não é à toa: apenas entre janeiro e abril deste ano, Manaus registrou 73 mortes no trânsito, número ainda considerado alto.
Os dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também apontam mais de 5 mil ocorrências de trânsito nos três primeiros meses deste ano. E os atropelamentos fatais cresceram 15%, com 30 mortes até abril.