Patrick Motta Jr – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Brasileiros tem voltado a acessar a rede social X (antigo Twitter), nesta quarta-feira, 18/9, mesmo diante do bloqueio feito no início de setembro após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O X passou a utilizar serviços intermediários para voltar a funcionar em território nacional, driblando o bloqueio cumprido por operadoras. Uma atualização feita na plataforma causou uma mudança no endereço virtual (IP) no Brasil, o que possibilitou o acesso.
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Proxy reverso
Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), foi possível voltar a utilizar o X no país depois que ele passou a usar o serviço conhecido como “proxy reverso”, da empresa americana CloudFlare.
A CF é um serviço de nuvem que atende 24 milhões de sites ao redor do mundo, oferecendo proteção de servidores contra ataques cibernéticos. O “proxy reverso” é uma forma de intermediar o tráfego de internet entre o usuário e o servidor de um site, melhorando sua velocidade, segurança e mascarando o IP real do servidor.
Instabilidade no bloqueio
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), não foi feita nenhuma ordem judicial para liberar o acesso à rede social, e afirmou verificar os acessos à rede. O STF também se pronunciou, e disse que checa a informação sobre o acesso à plataforma, afirmando que a situação ocorreu por uma “instabilidade no bloqueio da plataforma”.
Quem consegue acessar a rede relata lentidão na hora de postar mídias e entrar em links. Alguns internautas comemoraram o acesso ao X, mas têm receio de serem multados pelo acesso ‘proibido’.
O ministro Alexandre de Moraes havia estabelecido multa diária de R$ 50 mil às pessoas naturais e jurídicas que utilizarem meios tecnológicos (como VPN) para continuarem acessando o X. O STF não informou se aplicará multa aos perfis que acessaram o X durante a instabilidade.