Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Igreja Católica realizou o ‘Grito dos Excluídos’ com foco na saúde e inclusão social, nesta quinta-feira, 29/8, na sede da Cúria Metropolitana de Manaus, localizada na Avenida Joaquim Nabuco, Centro de Manaus.
O bispo referencial das Pastorais Sociais, Dom Hudson Ribeiro; o coordenador de Pastoral Arquidiocesana, padre Geraldo Bendaham; o vice-presidente da Cáritas Manaus, padre Alcimar Araújo e a coordenadora das Pastorais Sociais, Guadalupe Peres participam desta 30° Edição cujo o tema é “Vida em primeiro lutar” e o lema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”.
“O Grito dos Excluídos se apresenta hoje ainda mais como a necessidade e capacidade de resistência das forças organizadas. A gente está assistindo o comprometimento dos nossos processos de democrático, a situação sócio política é comprometedora, assustadoras e avassaladora. Esses processos truculentos ganham força a medida que intimidam com o discurso de que as forças sociais estão desarticulada e sem capacidade de reação”, destacou o bispo auxiliar de Manaus, Dom Zenildo Lima.
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A 30ª edição é realizada pela Arquidiocese de Manaus, por meio das pastorais sociais. Neste ano o foco principal de reivindicação da organização são melhorias urgentes na Saúde Pública do Estado do Amazonas.
Aliás este tema é um dos destaques neste período eleitoral, já que a saúde lidera no ranking de temáticas de interesse da população que sofre no dia a dia as angústias de terem serviços de péssima qualidade e muitas vezes com a falta de infraestrutura de alguns hospitais, principalmente os excluídos.
“Vemos um retroceder muito grande dos nossos direitos. A estrutura de fiscalização do governo em relação ao Ibama e Direitos Humanos todos foram desmantelados, o Grito dos Excluídos foi praticamente o único Movimento que foi às ruas, a gente precisa continuar gritando como homens e mulheres com direitos que muita coisa precisa ser mudada. Em Manaus, vamos focar na questão da saúde, da segurança, da violência e na questão indígena estamos tentando vencer o marco temporal”, frisou padre Alcimar Araújo.
O Grito dos Excluídos
Nesses 30 anos do Grito, o tema “A vida em primeiro lugar” sempre acompanhou cada edição, promovendo um mutirão pela vida, por terra, teto e trabalho. A igreja escolhe pela vida e deseja que todos tenham dignidade, estando ao lado daqueles que muitas vezes sofrem a exclusão, preconceito e violência.
O movimento realizado através deste evento tem apostado na denúncia das desigualdades históricas e no anúncio da solidariedade, da empatia, como tema a Campanha da Fraternidade da CNBB, que tem sido elemento motivador a cada ano do grito.