Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Durante patrulhamento de policiais militares na rodovia AM-010, que liga Manaus ao município de Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus, na tarde nessa quarta-feira, 6/8, a equipe foi abordada pelos policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTAN), os quais identificaram um homem conduzindo um animal silvestre.
De acordo com os policiais, no interior do veículo havia um primata, da espécie macaco-de-cheiro (saimiri sciureus), também conhecido popularmente por boca-preta, jurupari e jurupixuna.
A equipe do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), unidade especializada da Polícia Militar do Amazonas de repressão aos crimes ambientais, assumiu a ocorrência, visto que se trata de um crime previsto no artigo 29 da lei 9605.
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M.S.de S, de 46 anos, que já tem passagem pela polícia, foi detido acusado de crime ambiental e foi apresentado no 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Cidade Nova, na zona Norte da capital amazonense para a realização dos procedimentos legais.
O animal foi entregue ao Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), localizado no Distrito Industrial.
Em março deste ano, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado votou o projetos de lei PL 2.875/2022, do Senador Rogério Carvalho (PT/SE), que aumenta as penas de reclusão para crimes contra animais silvestres.
Atualmente, esses crimes têm penas de detenção de seis meses a um ano, mais multa; e de três meses a um ano, mais multa, respectivamente.


Macaco-de-cheiro-comum
Esta espécie de macaco é de pequeno porte e de hábitos diurno, medindo cerca de 30 centímetros de comprimento, é natural da região amazônica.
Tais macacos possuem as partes superiores cinza-oliváceas, com o alto da cabeça negro ou cinza, focinho negro e região ao redor dos olhos branca. O nome “Boca-preta” é uma alusão ao focinho negro típico da espécie. “Jurupari” é de origem tupi e “Jurupixuna” vem da junção dos termos tupis yu’ru (“boca”) e pi’xuna (“preta”).