Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Na manhã desta segunda-feira, 25/3, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), realizou coletiva de imprensa para divulgar informações da Operação Calvário, que investiga um grupo criminoso responsável por falsificar e vender atestados médicos e certidões de óbito na capital amazonense.
Foram presos em flagrante na última sexta-feira, 22/3, Adrya Santos Coutinho, Kerolen Carvalho de Souza, Sandro da Silva Costa e Gabriel Ferreira da Rocha. A polícia informou que as investigações iniciaram há cerca de 15 dias, após recebimento de denúncias, informando que perfis em uma rede social estariam anunciando a venda clandestina de tais documentos.
De acordo com as informações relatadas durante a coletiva, a líder do grupo, Kerolen Carvalho, confessou a falsificação e venda dos documentos e, acabou entregando os outros três cúmplices, sendo que um deles é o seu companheiro, um estagiário do sistema de segurança pública do Amazonas.
“Após o relato dela foi possível prender outras três pessoas, sendo elas Adrya, Sandro e Gabriel, e coletar centenas de atestados médicos falsos, carimbos, papéis timbrados, blocos de atestados em branco, receituários médicos e documentos utilizados para a prática dos golpes.”
Informou o delegado Cícero Túlio.
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O titular afirmou que os profissionais de saúde serão notificados para comparecer na unidade policial. Segundo ele, os médicos não possuem nenhum envolvimento com as fraudes e se configuram como vítimas do esquema criminoso.
Deste modo, durante a operação, foi possível identificara que o grupo também administrava várias contas correntes criadas em nome de pessoas de outros estados registradas em bancos digitais, onde os recursos das vendas dos documentos falsos eram recebidos, além de utilizarem chips telefônicos também em nome de terceiros, a fim de dificultar a atuação da polícia.
Cícero Túlio disse que os suspeitos do crime cobravam uma quantia variável entre R$ 50 e R$ 80, o preço dependia da quantidade de dias que o cliente solicitava. Até o momento, a polícia não informou os nomes dos envolvidos, mas afirmou, ainda, que apreenderam diversos receituários médicos, papéis timbrados e blocos de atestados em branco.
Todos responderão por associação criminosa, falsificação de documentos públicos e particulares, estelionato e falsidade ideológica. Eles foram encaminhados à audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciário.