Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Os ânimos parecem ter mudado entre Brasil e Venezuela nesta terça-feira, 26/3, com a resposta do governo Maduro rebatendo o comunicado do Itamaraty publicado mais cedo, em que diz: “O governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país [Venezuela]”, assim completou o primeiro trecho.
Em resposta ao governo brasileiro, o ministério de Relações Exteriores da Venezuela repudiou o que chamou de “comunicado cinzento e intervencionista, regido por funcionários da chancelaria brasileira“, onde ainda relaciona “ignorância” por parte do Brasil, às eleições venezuelanas.


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O que aconteceu?
Com um total de doze candidatos participando das eleições presidenciais na Venezuela, o período de inscrição chegou ao fim a meia-noite de segunda-feira, 25/3, com o protesto da candidata indicada da oposição, Corina Yoris, que não conseguiu ter seu registro aprovado para concorrer contra Nicolás Maduro, nas próximas eleições.
A coalizão de oposição, representada por Omar Barboza, disse que o grupo enfrentou restrições na plataforma de registro da candidatura, e o prazo para inscrição terminou no último minuto dessa segunda-feira, com instabilidades no processo. Levantado dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, o governo brasileiro se posicionou em comunicado, atraindo desavenças do país vizinho.
As eleições na Venezuela serão disputadas em 28 de julho, podendo levar Nicolás Maduro ao terceiro mandato e quase 18 anos no poder. Objeto de debate internacional, as próximas eleições no país são acompanhadas com atenção, em razão da histórica tensão e crise interna do país.












