Elen Viana- Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Funcionários terceirizados da empresa de serviços de saúde Madim (antiga Líder), que prestam atendimento no Complexo Hospitalar Sul (CHS), no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, denunciam atrasos salariais há cerca de dois meses.
De acordo com denúncias apuradas pelo Portal Rios de Notícias, os trabalhadores, que preferiram não se identificar, afirmam estar sem receber desde setembro deste ano. Alguns relataram ter procurado a empresa para cobrar uma solução, mas não obtiveram resposta.
“Cumprimos o plantão e, à noite, alguns colegas já se recusaram a continuar por causa do salário atrasado. Estamos há dois meses sem receber, mesmo assim seguimos trabalhando para a empresa Madim. Não temos mais condições de ficar sem pagamento, pois arcamos com despesas de alimentação e transporte. O dono disse que iria pagar, mas até agora não tivemos retorno”, relatou uma funcionária.
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A denunciante também afirmou que alguns colegas foram demitidos após reclamarem dos atrasos e disse temer possíveis represálias. Segundo ela, a empresa atribui o problema à falta de repasses do Governo do Amazonas.
“Mandaram mensagem no grupo dizendo que iriam demitir todos os operadores. Já haviam demitido os da ressonância porque reclamaram e denunciaram os atrasos. Eles poderiam, pelo menos, dar uma justificativa ou um prazo para pagar os dois meses pendentes, mas ninguém fala nada”, afirmou.
MPAM cobrou explicações
O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 58ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde Pública, promoveu uma reunião de urgência em fevereiro de 2024 para discutir a crise no Hospital 28 de Agosto. O encontro contou com a presença da diretoria do hospital, representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), do Fundo Estadual de Saúde (FES) e da empresa Madim.
Na ocasião, o MPAM destacou a falta de pagamento de médicos e técnicos vinculados às empresas terceirizadas que atuam na unidade. O diretor da Madim, Sérgio Chalub, reconheceu as irregularidades e afirmou que, mesmo após um acordo com a Casa Civil e uma cooperativa médica, os profissionais continuavam enfrentando dificuldades devido à escassez de insumos básicos.
O Ministério Público informou que as investigações seguem em andamento, com o objetivo de buscar soluções para os impasses e garantir o funcionamento adequado dos serviços de imagem do Hospital 28 de Agosto.
Posicionamento
A reportagem entrou em contato com a empresa de serviços de saúde Madim e com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para solicitar esclarecimentos sobre as denúncias. Até o fechamento desta edição, não houve retorno. Os espaços seguem abertos para manifestação.











