Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Trabalhadores do Sindicato dos Fluviários da Seção de Convés do Estado do Amazonas (Sindflu-Am) realizou uma manifestação nesta segunda-feira, 19/8, no porto do São Raimundo, na zona Oeste de Manaus.
A greve do sindicato começou no último sábado, 17, e a categoria reivindica melhores condições de trabalho. Segundo eles, há anos sofrem com remunerações defasadas. O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com o sindicato, que explicou o motivo da paralisação:
“As atividades da categoria são essenciais para a população amazonense. Devido à decisão judicial, será paralisado 30% da categoria de cada empresa. Importante esclarecer que o SINDFLU-AM sempre esteve de portas abertas, bem como sempre respeitou os prazos pedidos. Porém, todos os meios de conciliação se esgotaram. Estamos sendo desrespeitados de todas as formas, não estamos sendo levados a sério, não estão nos ouvindo, mas iremos nos fazer ouvidos e enxergados”, afirmou o capitão Vanderley, um dos trabalhadores que aderiram à greve.
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De acordo com o Sindflu-Am, em postagem nas redes sociais, havia sido estabelecido um prazo de 15 dias para que os representantes do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) apresentassem uma contraproposta de melhoria das condições de trabalho, mas a categoria não recebeu uma resposta.
No entanto, a Sindarma afirmou em nota que acionou a Justiça do Trabalho no domingo, 18. A Justiça acatou o pedido de liminar e determinou que a categoria mantenha 70% do contingente de seus associados em atividade, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
A paralisação pode afetar municípios do Amazonas, que já sofrem com os efeitos da estiagem, causando assim um aumento nos preços de itens básicos como alimentos. Além disso, há apreensão entre gestores públicos diante da ameaça de apagões nas cidades cuja energia vem de geradores que precisam do combustível transportado via fluvial para funcionar.