Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – De forma pacífica, porém, revoltados com o aumento de R$ 1,50 para R$ 2,25, estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pelo menos mais 12 movimentos estudantis se uniram em protesto, na tarde desta segunda-feira, 22/5.
A concentração dos universitários ocorreu por volta das 15h na Praça da Saudade, região central da cidade, e por volta das 16h, eles seguiram em passeata pela avenida Constantino Nery, em direção ao Terminal de Integração (T1).
Os alunos voltaram a se concentrar na frente do prédio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), onde palavras de protesto foram proferidas contra a decisão do prefeito David Almeida, que justificou o aumento “como necessário”, e ainda destacou que “o transporte coletivo, hoje, já se torna a segunda maior despesa da prefeitura. Já ultrapassou até o lixo”, disse na ocasião.
Leia também: Passagem de ônibus a R$ 4,50 é reprovada pelos manauras: ‘tudo mais difícil’
Com gritos de protesto, o grupo bradem frente ao Sinetram: “Os estudantes da federal também merecem passe livre pra geral”. Na sequência eles dizem: “Davi Almeida, seu fanfarrão, quatro e cinquenta eu digo não. David Almeida, fecha a matraca, se não eu vou pular a catraca”
O discursos dos estudantes também é de que se o prefeito não voltar na decisão de voltar a tarifa anterior, de R$ 1,50, “a gente vai parar a cidade”, protestam.


Para a universitária Kevilin, “o aumento é desumano”. Ao Rios de Notícias, a estudante contou que depende financeiramente de seus pais, que são assalariados e, com o salário deles já é um grande sacrifício mantê-la na faculdade.
Leia também: Tarifa de ônibus aumenta para R$ 4,50 em Manaus
“Nós, universitários da federal, não deveríamos nem pagar passagem. Se for contabilizar, esse valor representa um aumento absurdo no bolso da gente, que também precisar ter dinheiro para a alimentação e outros custos da faculdade. “Educação não é gasto, educação é investimento“, pontuou.
Quem também reclamou do impacto nas despesas de sua família foi o estudante de agroecologia do Ifam, Kaleo, 23 anos. Ele informou que além do aumento nos custos do transporte para quem precisa pegar dois ônibus para chegar à intituição de ensino e mais dois para voltar é um “choque”, já que nem sempre a integração temporal funciona e, ainda enfatizou os “transtorno que os estudante vivenciam quando o ônibus quebra durante o trajeto, sem contar com os constantes assaltos dentro dos coletivos”
Um outro problema relatado por Kaleo, é quanto ao serviço prestado na plataforma do aplicativo ‘Cadê meu ônibus‘ que , na maioria das vezes não funciona. Segundo o universitário, “quando se coloca a recarga via PIX, o sistema não atualiza e causa constrangimentos aos usuários do transporte, que fica sem o dinheiro e sem a passagem. às vezes leva até dois dias para a recarga cair na carteirinha, fazendo com que o aluno seja obrigado a pagar uma passagem inteira ao cobrador”.
Além dos estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e demais universitários bolsistas, participam do movimento a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Nacional dos Estudantes (UNE), União dos Estudantes Secundaristas do Amazonas (UESA), Associação de Pós Graduandos da UFAM (APG-Ufam) e demais movimentos sociais.
Assista: