Redação Rios
JAPURÁ (AM) – O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) no Amazonas, Joel Araújo, denunciou mais um “lixão” a céu aberto no estado, que traz consigo diversas consequências sociais e ambientais. Dessa vez, o alvo das críticas do analista ambiental, foi a lixeira pública do município de Japurá (a 743 quilômetros de Manaus).
Joel Araújo avaliou que a alta renda per capta do município, que vem segundo ele, em grande parte do garimpo ilegal, não se reverte em melhorias ambientais, como por exemplo a ausência de gestão dos resíduos, e que isso provoca o surgimento do lixão à céu aberto.
“Ou ainda de problemas sociais como a violência, exploração do trabalhador, IDH de 0,522, baixo se comparado com outras municípios da região, crianças fora da escola e saúde precária”, escreveu o superintendente nas redes sociais.
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Para Joel Araújo, municípios pequenos geram mais resíduos orgânicos o que pode ser revertido em favor da agricultura familiar por meio da compostagem e isso, defende ele, viria a ajudar até na alimentação saudável das crianças nas escolas.
Segundo o Analista Ambiental, o lixão de Japurá é “espraiado”, distribuído por várias pequenas áreas e no vídeo publicado em suas redes sociais, podem ser observadas muitas sacolas plásticas. Questão comum nos municípios do Amazonas.
“Fazer a correta gestão dos resíduos não deveria ser um problema. A solução já existe na literatura e exemplos pelo mundo. No Brasil, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos nos apresentou a Gestão Integrada”
Joel Araújo
A questão dos lixões têm sido objeto de denúncias do superintendente, por meio de suas redes sociais, há mais de um mês. Ele já mostrou a situação dos lixões de Parintins, Tefé e Autazes.