Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O agendamento no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) é de segunda a sexta-feira. A ideia é organizar o atendimento ao eleitor, porém, nessa sexta-feira, 3/5, quem foi ao Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques ficou irritado com a demora na abertura dos portões e o desrespeito de alguns servidores, visto que as pessoas tiveram que ficar aguardando do lado de fora do prédio sob um sol escaldante.
Indignada com a falta de respeito ao cidadão, a professora universitária Cíntia Valadares, que estava no local, abriu uma live no seu instagram e mostrou toda a situação. A jornalista conversou com o Portal RIOS DE NOTÍCIAS sobre o que testemunhou.
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“Agendei na semana passada, coloquei o horário do meu atendimento para 8h15min, cheguei às 7h30 e havia várias pessoas na fila do lado de fora. Cada vez foi chegando mais! Muita gente na fila e um calor horrível, até que em um determinado momento chamaram as prioridades, colocaram essas pessoas na calçada em frente à entrada do Vasco Vasques. Um desrespeito.”
Criticou a professora.
Cíntia Valadares, durante sua live, afirmou que o TRE-AM não tem respeito com os manauaras! “Pessoas no sol, numa fila enorme, enquanto funcionários fazem cara feia ao serem questionados pelo tratamento que estamos recebendo”, denunciou.
Prioridade em lugar insalubre
De acordo com a professora universitária, até a área para quem era prioridade ficou em um lugar muito insalubre. “Porque o sol ficava nos pés das pessoas, não tinha como eles estarem melhor do que a gente, sabe?” disse.
![](https://www.riosdenoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/05/Eleitores-se-irritam-com-a-demora-no-atendimento-do-TRE.jpg)
Devido as altas temperaturas, houve um determinado momento em que a Cíntia passou mal. Ela conta que foi conversar com uma das moças que estava na porta do TRE – para pedir que as pessoas entrassem no prédio e ficassem no ar condicionado – e a mulher respondeu grosseira.
“Tinham duas moças, perguntei se não teria a possibilidade de colocar as pessoas para dentro, porque estava muito quente. Tinha muita gente passando mal, eu também tava passando mal. Simplesmente a moça do TRE questionou: você trabalha no TRE? Falei que não, ela falou, então: não! De uma forma bem grosseira, então fiquei chateada e questionei porque eles não estavam tendo respeito e nem humanidade com as pessoas”, frisou.
A jornalista relatou que ainda pediu para falar com o responsável por aquele lugar, mas foi ignorada. “Eles não trouxeram essa pessoa, simplesmente, viraram as costas e ficaram com cara feia, entendeu?”
Descaso
Devido o descaso e a falta de diálogo das atendentes do Tribunal, a jornalista resolveu registrar a situação dos eleitores no Vasco Vasques. “Comecei a fazer o vídeo porque achei um absurdo, sabe? Tem um espaço muito grande lá dentro. Na parte por trás, naquela entrada entre Sambódromo e Arena da Amazônia tem um espaço gigantesco onde as pessoas poderiam esperar lá e depois subir, né? Para o atendimento”, pontuou.
Sobre o agendamento do TRE-AM, a professora universitária afirma que não funciona. “Nós agendamos por horário, mas quando chega lá não existe. É por ordem de quem está fila, somente quando eles abrem o portão é que liberam uma senha para você subir.”
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Segundo Cíntia, independente do horário agendado, o eleitor só entra conforme o recebimento da senha na fila. “Só que o ruim é ficar no sol, enquanto lá em cima o atendimento é maravilhoso.”
Após a gravação dos vídeos e a denuncia dela nas redes sociais, os servidores do Tribunal chamaram os eleitores para entrar no Vasco Vasques. “Quando eles chamaram já era cinco para as oito. Viram eu gravando e as pessoas reclamando. As pessoas começaram a gritar , então, marquei o TRE [no instagram], reclamando do descaso e foi quando começaram a chamar para entrar”, disse.
“Esses órgãos públicos só estão preocupados em resolver o problema deles. Não estão preocupados com as pessoas, com quem está doente, com prioridade que passa mal no sol, qualquer pessoa pode passar mal no sol e eles não estão preocupados com isso. Deveriam trocar essas pessoas que ficam lá na frente. Quando eu subi, o funcionário ainda ficou fazendo cara feia pra mim na frente de todo mundo, meio que me intimidando, entendeu? Não liguei pra ele não, porque eu estava ali pra resolver um problema meu e do meu filho, mas infelizmente não existe humanidade por parte dos funcionários do TRE Amazonas.” desabafou a professora.
Sobre as denuncias a assessoria do TRE-AM informou que irá encaminhar para 2a. Zona Eleitoral, que administra o posto do Vasco Vasques. O espaço segue aberto.