Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “Ela ajudou os executores com informações privilegiadas”. A afirmação é da delegada Marília Campelo, ao comentar a prisão de Jéssica da Silva Barbosa, 31, apontada como responsável por repassar dados sobre a rotina de Júlio César Santos das Chagas, 34, assassinado a tiros no dia 1º/10 em frente a um shopping no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
A prisão de Jéssica ocorreu no âmbito da Operação Thrasos, que investiga o envolvimento de facções criminosas em execuções na capital amazonense. No dia do crime, Júlio César estava acompanhado da companheira e de suas duas filhas quando foi atingido por diversos disparos de arma de fogo, ao se preparar para deixar o local.
Segundo a delegada, a mulher teve participação direta no homicídio ao repassar informações sobre a chegada e os deslocamentos da vítima na cidade.
“Desde o início sabíamos que alguém estava passando essas informações”, afirmou Campelo.
Leia também: ‘Estado perdeu o controle’: especialistas fazem alerta após AM ser apontado como ‘estratégico’ pelo crime organizado
A polícia apura se Jéssica recebeu algum tipo de pagamento pelo repasse de dados ou se agiu sob ameaça. De acordo com Campelo, há indícios de que o crime esteja ligado ao tráfico de drogas, e a vítima vinha sofrendo ameaças de uma organização criminosa.
“Os executores estavam no porto quando a vítima chegou a Manaus. Tiraram fotos, sabiam de todos os passos dele — tudo isso com ajuda das informações repassadas por Jéssica”, detalhou a delegada.
O casal mantinha um relacionamento havia poucos meses e, cerca de quinze dias antes da execução, havia viajado ao município de Manaquiri (a 60 km de Manaus). Segundo as investigações, durante esse período, Jéssica teria mantido contato direto com um dos executores.
“O depoimento de um dos suspeitos foi esclarecedor e reforçou a participação dela. Já durante o interrogatório, Jéssica optou por permanecer em silêncio”, completou Campelo.
Além de Jéssica, Eduardo Fernandes Torres e Matheus Marreiros de Lima também foram presos por envolvimento no crime. As prisões ocorreram no dia 15 de outubro, durante a Operação Thrasos — termo grego que significa “ousadia” —, deflagrada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
De acordo com a polícia, a operação revelou que o homicídio teve apoio logístico de uma facção criminosa, que teria ordenado a execução. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
Procurado
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou também a imagem de um outro envolvido na execução de Júlio Cesar identificado como Ronaldo Davi Nascimento Mendes “Jogador”. De maneira sigilosa, qualquer cidadão que tiver o visto pode informar aos respectivos números para ajudar na investigação que ainda segue em andamento:
- (92) 98118-9535
- 3667-7575
- 181
- 197











