Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Como você enxerga os Povos Originários? Atualmente, muitos deles tem utilizado as redes sociais para divulgar suas habilidades, costumes e lutas. Em 9 de agosto, é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas e o Portal RIOS DE NOTÍCIAS separou cinco influenciadores indígenas que você se conectar.
A criação da data comemorativa pela Organização das Nações Unidas (ONU) pretende garantir condições de existência minimamente dignas aos povos originários de todo o planeta, principalmente no que se refere aos seus direitos à autodeterminação de suas condições de vida e cultura, bem como a garantia aos Direitos Humanos.
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Tais influenciadores indígenas, possuem forte atuação e presença nas redes sociais – ampliando as ideias, multiplicando os debates, fortalecendo diálogos e trazendo novas perspectivas de mundo. Saiba quem são eles:
Tukumã Pataxó | @tukuma_pataxo
É diretor de comunicação da Associação de Jovens Indígenas Pataxó (AJIP) e colabora com a Mídia Indígena, coletivo de comunicadores indígenas com forte atuação nas plataformas digitais.
Para ele, ocupar lugares de voz no mundo digital é fundamental, pois as pessoas não indígenas não estão acostumadas a verem os indígenas nos mesmos espaços e utilizando a mesma tecnologia. Ele diz que sua luta vem dos ancestrais e que precisa dar continuidade.
Txai Suruí | @txaisurui
Única brasileira a discursar na Conferência da Cúpula do Clima (COP26) em 2021, Txai é do povo Suruí, de Rondônia. Filha de Almir Suruí, uma das lideranças indígenas mais conhecidas por lutar contra o desmatamento na Amazônia.
A jovem líder já ganhou prêmios e reconhecimentos no Brasil e no exterior. Lançou no final de 2022 o documentário ‘O Território’, do qual é produtora, no Central Park, em Nova York, que registra o desmatamento e invasões de terras por grileiros e garimpeiros ilegais.
Samela Sateré-Mawé | @sam_sateremawe
Uma das porta-vozes do povo Sateré-Mawé, a influenciadora e apresentadora do canal Reload e ativista ambiental, Samela Sateré-Mawé representa o braço do movimento “Fridays for Future”, criado pela ativista ambiental sueca Greta Thumberg.
Para a influenciadora, as plataformas digitais são espaços de luta e resistência: “Somos guerreiros digitais. Não escolhemos ser ativistas, a gente nasce e todas essas causas se entrelaçam no nosso dia a dia”, comenta.
Lídia Guajajara | @lidiaguajajara
Midiativista do povo Guajajara é faz parte do coletivo Mídia Indígena e da ANMIGA (Articulação de Mulheres Indígenas). Nascida no território indígena Arariboia do sul do Maranhão, Lídia começou a advogar pela causa indígena em 2015, quando fez um vídeo denunciando o massacre do povo Gamela.
Lídia é uma das precursoras da Mídia Indígena. Ela argumenta que, até então, uma mulher assumindo esse papel era algo novo, pois a insurgência de vozes femininas era novidade. Ainda hoje, as mulheres ainda são minoria na comunicação.
Trudruá Dorrico | @trudruadorrico
Pertence ao povo Macuxi, é poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena e Doutora em Teoria da Literatura pela PUC-RS. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela Universidade Federal de Rondônia, a jovem influenciadora ficou em 1º lugar no concurso Tamoios de Novos Escritores Indígenas em 2019 e é colunista do Ecoa do Portal UOL.
Ela também é administradora do perfil @leiamulheresindigenas e do canal Literatura Indígena Contemporânea no YouTube. “A estética da terra é coletiva e individual, pois possibilita a criação a partir desse cânone indígena”, diz ela.
*Com informações de Emerge Mag