Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou na terça-feira, 15/4, que o reajuste salarial reivindicado pelos rodoviários só poderá ocorrer mediante aumento na tarifa do transporte público. A greve entra no segundo dia, onde cerca de 30% da frota de ônibus da capital está paralisada.
Segundo David Almeida, o reajuste de 12% solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (Sttrm), referente à data-base da categoria, depende do aumento da tarifa de ônibus, que foi barrado pela Justiça.
“A gente advoga isso e eu espero que o sindicato dos patrões e dos empregados se entendam para o bem da população da cidade de Manaus. Agora, para que tenha aumento, é preciso aumentar o preço da passagem, que, por sinal, o valor do preço da passagem não está sendo questionado por ninguém, nem pelo Ministério Público”, afirmou o prefeito.
A paralisação começou por volta das 4h da madrugada da terça-feira, 15, causando superlotação nos ônibus que permaneceram em circulação e aumentando o tempo de espera nas paradas. Segundo Almeida, a prefeitura está acompanhando as negociações entre as empresas de transporte e os rodoviários.
“Estamos buscando um diálogo para tentar encontrar um denominador comum, para que essa retirada seja de forma gradual e não da forma que está sendo proposta. Para não causar tanto prejuízo, vamos preparar os cobradores, vamos fazer uma transição, vamos treiná-los, fazer a capacitação para que eles sejam aproveitados em outras funções”, afirmou.

A sugestão da prefeitura é que a retirada dos cobradores ocorra de forma gradual, com a possibilidade de realocação desses profissionais em outras funções dentro do sistema de transporte.
Greve dos rodoviários
A greve dos rodoviários, causou transtornos a diversos usuários do transporte coletivo. Em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, o presidente do STTRM, Givancy Oliveira, afirmou que a categoria está insatisfeita com a proposta apresentada pelos empresários do setor e decidiu manter a greve.
Segundo ele, os trabalhadores reivindicam um reajuste de 12% no salário, 12% na cesta básica, melhores condições de trabalho, gratificação de R$ 1.200 para 10% dos trabalhadores que exercem dupla função (motoristas que também atuam como cobradores) e a permanência total dos profissionais nas empresas.
“Eles ofereceram uma proposta vergonhosa, que não vale nem a pena levar para a assembleia. A greve continua porque não houve qualquer avanço nas negociações”, declarou Givancy.
A paralisação, autorizada por decisão judicial, segue um cronograma estabelecido: das 4h às 9h, apenas 30% da frota pode circular. Já das 9h às 17h, o número sobe para 50%.












