Gabriela Brasil – Rios de Notícia
MANAUS (AM) – A estudante de letras, Luna Lorena Silva Santos, de 21 anos, foi encontrada morta, nessa terça-feira, 28/12, no bairro Santo Antônio, na zona Oeste de Manaus. Organização indígena denuncia que a jovem foi vítima de feminicídio.
A Associação das Mulheres Indígenas Sateré Mawé (Amism) informou, em nota, que o corpo da estudante da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foi encontrado boiando no rio Negro. A organização também aponta que o caso se trata de feminicídio.
Leia também: Morre empresária baleada em frente a bar, em Manaus
“É com grande pesar, que informamos que o corpo encontrado boiando com marcas de violência é de uma mulher indígena, Luna Sateré Mawé era estudante indígena da UEA e Associada AMISM. Até quando vamos presenciar a violência contra mulheres e meninas indígenas?”, questiona a associação.
O Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam) lamentou a morte da jovem em seu perfil nas redes sociais e reforçou o posicionamento contra a violência às mulheres.
“Nos unimos em luto ao povo Sateré-Mawé e pedimos aos encantados que conforte o coração dos parentes e amigos. Reforçamos nossa posição contra a violência às mulheres e nosso anseio por justiça”
Em nota enviada ao portal RIOS DE NOTÍCIAS, a Universidade do Estado do Amazonas se solidarizou com a morte da estudante.
“A UEA solidariza-se com a família e amigos da aluna e lamenta essa perda irreparável. Que Deus conforte seus corações e dê forças para transformar toda dor em fé e esperança”
Feminicídio
Conforme o levantamento do Instituto Igarapé, de 2000 até 2020 houve um aumento de 167% nos casos de feminicídio contra indígenas em todo o país.
A pesquisa também ressalta que os números são subnotificados por conta das distâncias quilométricas entre as comunidades e delegacias. Outro obstáculo é a língua.