Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Candidatos a vice-prefeito de Manaus enfatizaram questões relacionadas à educação e segurança, além de ressaltarem a ausência de três outros candidatos à vice-prefeitura, durante debate promovido pela Rádio BandNews Difusora, na manhã desta segunda-feira, 19/8.
O debate reuniu os candidatos Damiana Amorim (PSTU), Luiz Castro (PDT), Maria do Carmo (Novo) e Profª Renata Seabra. A discussão focou em temas como educação, segurança, saúde e moradia.
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Alguns optaram por não comparecer. Renato Junior (Avante) não participou por estratégia de campanha, Coronel Menezes (PP) alegou um compromisso de última hora, e Nancy Segadilha (Cidadania) não compareceu por motivos de saúde.
Educação
Um dos temas centrais do primeiro bloco foi a educação. Luiz Castro, vice na chapa de Marcelo Ramos (PT), destacou a necessidade de aumentar a remuneração dos profissionais da educação e defendeu modelos utilizados no Ceará com educação de base em tempo integral.
Maria do Carmo, vice de Capitão Alberto Neto (PL), defendeu a implementação de escolas cívico-militares no município. “Os alunos não leem adequadamente, não interpretam textos. Vamos fazer uma revolução na educação para que tenham acesso a programas como Fies e Prouni”, afirmou.
Ela também enfatizou a necessidade de dobrar o número de creches: “Boa Vista, aqui ao lado, tem o dobro. Isso é falta de gestão de quem está há mais de 20 anos no poder”, ressaltou.
Saúde
Luiz Castro abordou os desafios na saúde, como a alta demanda por cirurgias eletivas e o baixo atendimento. Entre suas propostas estão melhorar a atenção básica alcançando 100% de cobertura, incluir a saúde mental no escopo de atuação, e implantar atendimento domiciliar com o médico para família para gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.
Damiana Amorim (PSTU) apontou a falta de medicamentos básicos e a baixa valorização dos servidores públicos como os principais problemas na saúde municipal. Propôs a ampliação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para aumentar a cobertura e defendeu melhores condições de trabalho e reajuste salarial para os servidores.
Moradia
A questão habitacional também foi discutida, com foco no déficit de mais de 100 mil domicílios. Profª Renata Seabra, da chapa de Wilker Barreto (Mobiliza), propôs enxugar a máquina pública para liberar recursos, destacando que a prefeitura possui mais de R$ 500 milhões em dívidas. Ela sugeriu investir em “vazios urbanos” para construção de habitações sociais e buscar financiamento do programa Minha Casa Minha Vida.
Damiana Amorim defendeu a legalização e construção de habitações sociais em áreas de ocupação, conhecidas como “invasões”.