Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A rede de livrarias Saraiva, empresa centenária no ramo, comunicou nessa quarta-feira, 5/10, por meio de fato relevante divulgado ao mercado, que protocolou um pedido de autofalência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, após cinco anos a empresa permanecer sob recuperação judicial, em meio a dívidas de R$674 milhões.
Em comunicado para o mercado, a companhia disse que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à ela. No final de setembro, a livraria anunciava o encerramento de atividades em todas as suas lojas físicas, além da demissão de todos os funcionários da operação presencial, mantendo seu funcionamento apenas no e-commerce.
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Centenária
Conhecida por muitos brasileiros e presente em diversas regiões do Brasil, a falência da Saraiva encerra um ciclo duradouro na história do país e dos amantes da literatura, com mais de cem lojas por todo território nacional, a empresa iniciou sua jornada em 13 de dezembro de 1914 por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português, pioneiro na introdução de técnicas de marketing inovadores no setor.
Uma delas, a venda por correspondência, através de catálogos que permitiam aos clientes pedir livros por correspondência e recebê-los em casa, antecipando o e-commerce que apareceria mais à frente.
No início da recuperação judicial, em 2018, ela ainda mantinha 85 unidades em 17 estados. A última etapa agora será a formalização da falência por meio do sistema judicial, seguida da liquidação dos ativos da empresa e a distribuição dos recursos entre os credores, onde as dívidas trabalhistas terão prioridade, seguidas pelas obrigações fiscais.