A aposentadoria é um momento importante na vida de qualquer pessoa. É o momento de relaxar, aproveitar os frutos do trabalho e curtir a família e os amigos. No entanto, para muitas pessoas no Brasil, a aposentadoria pode ser um desafio financeiro.
Há uma estatística preocupante no nosso país, onde mais de 90% dos aposentados no Brasil dependem de renda de terceiros para sobreviver, ou seja, temos uma quantidade grande de idosos que não conseguem sobreviver com a renda paga pela previdência pública ou até mesmo não conseguiu ter um planejamento financeiro para aproveitar a sua vida com tranquilidade.
O sistema previdenciário brasileiro, administrado pelo INSS, está enfrentando uma crise. O número de aposentados está crescendo mais rápido do que o número de contribuintes, o que está levando a um déficit crescente. Isso significa que o INSS está pagando mais do que está recebendo, e que o valor das aposentadorias está sendo reduzido.
O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, deve mais que dobrar até 2060 e quadruplicar até 2100, segundo estimativas da Secretaria do Regime Geral de Previdência Social do Ministério da Previdência Social.
Segundo o Ministério da Previdência, o aumento do rombo previdenciário, que é a diferença entre as receitas e as despesas do INSS, está relacionado com a alta de gastos estimada para as próximas décadas.
A lógica é que, com o aumento da proporção de idosos no país no futuro, também cresçam as despesas com o pagamento de benefícios previdenciários — que não podem ser menores do que um salário-mínimo.
Além disso, a inflação no Brasil vem corroendo o poder de compra da população, e principalmente está corroendo o poder de compra dos aposentados.
Historicamente a inflação anual média no Brasil medida pelo IPCA (5% a.a), dessa forma o salário-mínimo não vem sendo corrigido na mesma proporção. Se fizermos um cálculo da correção do salário-mínimo desde o início do Plano Real (1994) e corrigir o somente o valor do salário-mínimo pela inflação oficial, hoje deveríamos ter um salário-mínimo em torno de R$ 6.000,00, o que sabemos que não é uma realidade.
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Diferença entre previdência pública e privada?
A previdência pública é um sistema de aposentadoria financiado por contribuições dos trabalhadores e do governo. A previdência pública tem a vantagem de ser mais acessível, pois as contribuições são menores do que na previdência privada. No entanto, a previdência pública também tem a desvantagem de ser menos previsível, pois o valor das aposentadorias pode ser reduzido dependendo do cenário econômico.
A previdência privada é um sistema de aposentadoria financiado por contribuições dos trabalhadores geralmente ocorrem através de Bancos ou Corretoras de Seguros e Previdência, autorizadas a funcionar pela Susep (Superintendência de Seguros e Previdência) que são fiscalizadas pelo Banco Central e Conselho Monetário Nacional.
A previdência privada tem a vantagem de ser mais previsível, pois o valor das aposentadorias é definido no momento da contratação do plano e você não dependente do governo para garantir sua tranquilidade financeira no futuro.
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Como buscar uma aposentadoria tranquila?
Apesar dos desafios, existem oportunidades para buscar uma aposentadoria tranquila. Uma das principais oportunidades é investir em previdência privada.
Os planos de previdência privada oferecem uma variedade de opções para atender às diferentes necessidades e objetivos dos investidores. Os planos de previdência privada mais comuns são os planos PGBL e VGBL.
Planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) são voltados para investidores que declaram o Imposto de Renda pelo modelo completo. As contribuições para o PGBL são dedutíveis do imposto de renda, o que pode reduzir o valor do imposto a pagar.
Planos VGBL: (Vida Gerador de Benefício Livre) são voltados para investidores que declaram o Imposto de Renda pelo modelo simplificado ou que não desejam deduzir as contribuições do imposto de renda, geralmente essa modalidade é usada por empresários, profissionais liberais e autônomos.
Dicas para planejar a aposentadoria saudável
Além de investir em previdência privada, existem outras dicas que podem ajudar a planejar uma aposentadoria saudável:
- Comece a planejar cedo: O ideal é começar a planejar a aposentadoria o quanto antes. Isso dará tempo para acumular o patrimônio necessário para viver com conforto na aposentadoria.
- Diversifique seus investimentos: Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Hoje temos excelentes fundos de investimentos para diversificar os recursos alocados na previdência privada.
- Considere a inflação: A inflação pode corroer o poder de compra do seu patrimônio ao longo do tempo e acabar levando por água abaixo seu plano de aposentadoria.
- Tenha um plano de gastos: Faça um plano de gastos para a aposentadoria para garantir que você terá dinheiro suficiente para viver com conforto.
- Cuidado com as taxas administrativas da previdência privada, existem muitos bancos cobrado altas taxas e reduzindo o rendimento do valor aplicado.
- Conte com um especialista para avaliar sua situação e montar seu plano de aposentadoria.
E nunca transforme seu plano de previdência privada em renda, pois em caso de falecimento os recursos acumulados ficam com a seguradora.