Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após a entrada de Marcelo Prata no Big Brother Brasil 25, o amazonense foi apontado como um dos líderes de um esquema de pirâmide financeira que prometia ganhos exorbitantes aos investidores. Contudo, a defesa do participante afirmou que ele também foi vítima do esquema.
“Informamos que Marcelo assim como milhares de pessoas foram vítimas de um golpe financeiro por ter investido de boa-fé na empresa Unik Forex, com sede no Rio Grande do Sul”, diz a nota da defesa.
Nas redes sociais, logo após o anúncio do casal Arleane Marques e Marcelo Prata no programa, várias pessoas relataram que Marcelo representava a Unick Academy no Amazonas, uma empresa com sede em São Leopoldo (RS), investigada pela Operação Lamanai.
“Minha avó perdeu todas as economias da vida confiando nessa pirâmide. Isso não pode ser esquecido”, diz uma internauta. E outra comentou: “metade de Manaus caiu nesse golpe da Unick. Quase que eu boto 3 conto [3 mil reais]. Não deu nem tempo”.

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A Unick prometia aos investidores retornos de 100% do valor investido em até seis meses, com ganhos ainda maiores para investimentos mantidos por períodos mais longos. Porém, os valores prometidos nunca foram pagos completamente.
Em 2019, a Polícia Federal (PF) indiciou 13 pessoas relacionadas ao esquema por crimes de organização criminosa e contra o sistema financeiro nacional. Segundo a investigação, a empresa movimentava cerca de R$ 40 milhões por dia e R$ 12 bilhões ao todo, no caso.

Defesa responde
Já em nota divulgada no último domingo, 11/1, os advogados de Marcelo destacaram que ele também sofreu prejuízos morais e financeiros com o esquema, que desde 2017, expressa sua posição como vítima.
Além disso, reforçaram que sua participação no reality foi precedida por um processo rigoroso de verificação jurídica da TV Globo. A defesa também citou que associar a imagem de Marcelo a acusações falsas configuram como má-fé.
“A participação no BBB 25 seguiu um rigoroso e criterioso processo de conformidade do jurídico da Globo, onde os participantes não apresentam antecedentes criminais, civis ou administrativos. Além disso, Marcelo foi nomeado e empossado no ano de 2023 no cargo de engenheiro federal, após a apresentação de certidões institucionais”, expressa a nota.