Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Nas eleições municipais de 2024, os brasileiros elegerão cerca de 58 mil vereadores e 5.569 prefeitos, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em algumas capitais, a disputa no segundo turno está particularmente acirrada.
Em São Paulo, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) têm 49% das intenções de voto, enquanto Boulos (PSOL) aparece com 35%. Em Fortaleza, André Fernandes (PL) lidera com 45%, seguido de Evandro Leitão (PT) com 43%, de acordo com a pesquisa Datafolha. Já em Manaus, as últimas pesquisas apontam um empate técnico entre Capitão Alberto Neto (PL) e David Almeida (Avante).
Com a proximidade desse importante processo democrático, que ocorrerá neste domingo, 27/10, ainda há tempo para os candidatos conquistarem os votos dos eleitores indecisos?
O portal RIOS DE NOTÍCIAS conversou com o cientista político Helso Ribeiro sobre o papel desses eleitores e a influência que seu voto pode ter no resultado eleitoral.
“Um candidato com propostas viáveis e sérias pode atrair eleitores indecisos. Além disso, há aqueles que são apaixonados pelos candidatos ou que reconhecem a importância da eleição para o desenvolvimento da cidade, mas nem todos os eleitores têm essa consciência”, destacou.
Abstenções
No primeiro turno, o TSE registrou mais de 33 milhões de abstenções (33.796.991) em todo o país, sendo mais de 2 milhões (2.419.819) apenas na região Norte. O Pará liderou o ranking de faltosos, com mais de 1 milhão de eleitores (1.078.557) que não compareceram, seguido do Amazonas, onde mais de 500 mil eleitores (504.837) também não votaram.
Para o cientista político, há um desgaste significativo da democracia representativa em todo o mundo, refletido nas capitais brasileiras, o que gera desinteresse na participação e na escolha de candidatos.
“Alguns eleitores estão decepcionados com a política e não se sentem motivados a votar, especialmente se os candidatos em quem confiaram no primeiro turno não tiveram sucesso. Além disso, ataques e desconfiança em relação às propostas dos candidatos afastam os eleitores, que frequentemente percebem que essas propostas não condizem com a realidade orçamentária das capitais”, ponderou o especialista.
De acordo com Helso Ribeiro, eleitores que já votaram nos candidatos em quem confiam no primeiro turno tendem a repetir seu voto na segunda rodada.