Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A severa seca que atinge os rios do Amazonas apresenta efeitos drásticos para a navegação. No último domingo, 4/8, uma embarcação que viajava pelo rio Purus, saindo da cidade de Boca do Acre, a 8823 quilômetros de Manaus, para o município de Pauini, a 924 quilômetro da capital, afundou após bater em um troco de madeira e alagar.
Na região, o rio está medindo 50 centímetros e quem tenta passar pelo local enfrenta os perigos da estiagem como bancos de areia e troncos de árvores na água.
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O barco transportava alimentos e afundou em uma área chamada pelo ribeirinhos de ‘Curitiba’. Não houve vítimas no acidente, somente perdas matérias.
“E aí meus amigos mais um prejuízo de um freteiro né? O barco furou aqui na Curitiba e tá aí perca de 50% da mercadoria dele, coitado, aí o prejuízo”, relatou um tripulante de uma outra embarcação.
Monitoramento
No último sábado, 3/8, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) divulgou, em suas redes sociais, a classificação da seca no país.
Em julho, 404 municípios foram classificados com seca extrema, com as áreas mais afetadas entre o Sul de Goiás, Leste do Mato Grosso do Sul, Norte de São Paulo e também a região do Triângulo Mineiro.
Para este mês de agosto, segundo o Centro de Monitoramento, a previsão mostra um aumento nessas áreas afetadas, passando de 404 para 461 municípios. Regiões do Mato Grosso, Pará e Amazonas também merecem atenção devido ao aumento de municípios com seca extrema.
Até o momento, a seca no país tem causado impactos em diversos setores, como a redução dos níveis dos rios, especialmente na região Norte, dos quais a área onde o barco afundou está inclusa com seca que vai de moderada a extrema.