Redação Rios
BOA VISTA (RR) – Mesmo com grande parte do garimpo ilegal desarticulado, algumas pontos na Terra Indígena Yanomami ainda são ocupados pela atividade ilegal. A informação é da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ela esteve em Roraima, na segunda-feira, 1º/5, em uma comitiva do Governo Federal.
“Nós pudemos observar no sobrevoo que existem vários garimpos que, de fato, foram desativados, estão abandonados, mas alguns, segundo os dados do satélite, e pelo que pudemos observar, continuam ativos. E serão desativados”
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima
A viagem ocorreu após atentado cometido por garimpeiros que deixou um indígena morto e dois feridos. O indígena que morreu, identificado como Ilson Xirixana, atuava como agente de saúde na região. Segundo a ministra, de 75% a 80% dos garimpeiros que ocupavam a região já saíram do local.
Em Boa Vista, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, visitou os sobreviventes do atentado que estão internados no Hospital Geral de Roraima (HGR), mas fora de perigo. Os nomes deles são Otoniel Xirixana e Venâncio Xirixana.
“O ataque ocorreu próximo a uma unidade de saúde que conseguimos abrir recentemente. Isso coloca, para nós, a necessidade, ao lado do cuidado com a saúde dos indígenas, o cuidado com aos trabalhadores da área. Precisamos cuidar de quem está cuidando”.
Pacificação

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou que o governo trabalha para desocupar a Terra Indígena Yanomami sem violência. “A nossa preocupação é que tudo aconteça da forma mais pacífica possível. A gente não está, de forma alguma, incentivando esse conflito, não queremos derramamento de sangue”.
“É por isso que a gente vem aqui, mais uma vez, para trazer essa presença do Estado brasileiro e reforçar a operação de libertação dentro do território Yanomami”, completou.
O secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar, fez um alerta aos invasores da terra indígena.
“O Estado brasileiro não vai tolerar aqueles que, de forma flagrante, ilegal e criminosa estão sendo recalcitrantes quanto à decisão de deixar esse território com os povos originários, para que o Estado possa cumprir o seu papel”, finalizou.
*Com informações da Agência Brasil