Redação Rios
MANAUS (AM) – A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgou nesta segunda-feira, 16/6, uma redução nos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados por vírus respiratórios, segundo dados do Informe Epidemiológico do Estado.
Entre 1º de janeiro e 14 de junho de 2025, foram notificados 2.151 casos de SRAG no Amazonas, sendo 667 associados a vírus respiratórios. O número representa uma redução de 38,5% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 1.085 registros.
O número de mortes também caiu. Foram 35 óbitos por vírus respiratórios em 2025, contra 47 no mesmo intervalo de 2024 — uma queda de 25,5%. Entre os casos registrados neste ano, 20 foram causados por Covid-19, 12 por influenza A, dois por influenza B e um por parainfluenza.
Faixas etárias mais afetadas
Nas últimas três semanas analisadas (26 de maio a 14 de junho), os principais acometidos pela SRAG foram crianças menores de 1 ano (43%), seguidas por crianças de 1 a 4 anos (24%), idosos com 60 anos ou mais (14%), jovens entre 10 a 19 anos (8%), adultos entre 40 e 59 anos (6%), crianças de 5 a 9 anos (4%) e adultos entre 20 e 39 anos (2%).
Vírus mais comuns
Entre os vírus respiratórios identificados nas amostras laboratoriais enviadas ao Lacen-AM (Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas), os mais frequentes foram:
- Rinovírus (55,8%)
- Influenza A (27%)
- Vírus Sincicial Respiratório (10,9%)
- Adenovírus (8,8%)
- Influenza B (4,7%)
Rede de assistência e estratégias de controle
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destacou que a integração entre a vigilância e a rede assistencial tem sido fundamental para o controle da SRAG no estado. Atualmente, o Amazonas conta com 17 unidades de referência equipadas e com profissionais capacitados para atender os casos.
Entre as estratégias adotadas, estão:
- Triagem de sintomáticos respiratórios
- Testagem rápida para Covid-19
- Exames laboratoriais e de imagem
- Tratamento conforme o quadro clínico
Uma das ações de destaque é o programa Alta Oportuna, que funciona nos prontos-socorros infantis. Por meio dele, as crianças recebem, no momento da alta, um kit de medicamentos e orientações para continuar o tratamento em casa. A medida tem reduzido os retornos hospitalares e contribuído para desafogar a rede de urgência e emergência.
Cuidados e prevenção
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforça a importância de medidas simples, mas eficazes, para evitar a disseminação das síndromes respiratórias, como:
- Lavar as mãos com frequência
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar
- Evitar aglomerações
O uso de máscara continua sendo recomendado para pessoas com sintomas, profissionais de saúde e grupos de risco, como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades. Também é essencial proteger crianças menores de seis meses, evitando ambientes de risco.
A vacinação contra a Covid-19 e a Influenza segue disponível em todo o estado e é recomendada para os públicos elegíveis, sendo uma das principais ferramentas para evitar agravamentos das doenças respiratórias.
*Com informações da assessoria












