Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A incidência de AIDS Felina em Manaus é alarmante, e a falta de cura ou vacina agrava a situação, alerta a veterinária Iana Moral em entrevista exclusiva ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS nesta terça-feira, 11/6. A doença não é acometida em humanos e a prevenção é essencial para conter a propagação do vírus, destaca a especialista.
Os principais sintomas da AIDS Felina incluem vômitos, diarreias, gripes, infecções urinárias e complicações respiratórias. “A presença de feridas na boca e na pele é comum e pode indicar uma imunodeficiência grave”, explica Iana.
“A AIDS Felina, ou FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina), é transmitida pelo contato direto, principalmente pela saliva, e não tem cura. Se você tem um gato FIV positivo, é essencial mantê-lo isolado de gatos não infectados, pois até uma pequena ferida ou lambida pode transmitir o vírus. Em Manaus, há muitos casos de FIV positivo”, explicou.
Em Manaus, os casos da doença são um problema crescente, e de acordo com a especialista, ainda não existem testes de vacinas para a doença que combata o enfraquecimento do sistema imunológico dos gatos, tornando-os mais suscetíveis a infecções e doenças.
Segundo ela, a doença pode ser administrada com um coquetel de medicamentos que ajuda a manter a imunidade do animal, mas requer acompanhamento veterinário constante. Mas pontuou que a prevenção é a melhor estratégia para combater a AIDS Felina.
“Os sintomas mais comuns incluem gripes persistentes, infecções urinárias e feridas na boca que não cicatrizam rapidamente. São muitos casos de FIV em Manaus, mas os animais vivem bem. Claro, tem que manter o animal sempre com a imunidade lá em cima, medicando. E um dos principais sintomas é justamente a imunidade baixa. Então o que ocorre? Ele vive doente, uma gripe que não passa, infecção urinária constante, uma úlcera na boca. São doenças muito básicas, porém não tem uma cura rápida como normalmente ocorre com animais saudáveis”, detalhou Iana.
A especialista enfatiza a importância de castrar os gatos e mantê-los dentro de casa, longe das ruas. A testagem regular dos animais também é fundamental.
“Gatos que têm acesso à rua estão mais suscetíveis a contrair a doença. É muito importante evitar que seus animais saiam de casa. Se você adotar um novo gato, faça o teste de FIV antes de integrá-lo aos outros. Enquanto ele tiver acesso à rua, vai estar suscetível a pegar a doença, como a esporotricose, FIV, além de morrer atropelado. Enfim, várias situações que podem levá-lo à morte”, aconselhou Iana, especialmente para aqueles que acolhem muitos gatos ou gerenciam ONGs de resgate animal.
“Tem um lema dentro da veterinária dos felinos que é: ‘Miou, testou’. Qualquer coisa, tem que testar porque tem muito caso da doença em Manaus”, avisou.
Todo cuidado é pouco
A identificação precoce da AIDS Felina ajuda a melhorar a qualidade de vida dos gatos infectados. Exames clínicos regulares são recomendados para detectar a doença antes que os sintomas se agravem.
Filhotes de gatas contaminadas podem apresentar resultados falsos positivos até os seis meses de idade, devido aos anticorpos maternos. Portanto, é importante realizar testes periódicos e monitorar os sintomas.
A doença é dividida em quatro estágios. O primeiro é a fase aguda, com sintomas como febre e leucopenia. O segundo estágio é assintomático e pode durar meses ou anos. No terceiro estágio, os gatos podem perder peso e apresentar mudanças de comportamento. O quarto e último estágio é a fase crônica, com múltiplos problemas de saúde simultâneos.