Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Nesta terça-feira, 2/7, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou o pedido de impeachment do governador Antônio Denarium (Progressistas). A decisão já marca mais um desafio político ao atual mandatário, que já foi cassado três vezes por violação de regras eleitorais.
O pedido foi apresentado por Rudson Leite (PV), Fábio Almeida (PSOL) e Juraci “Escurinho” (PDT), que foram candidatos contra Denarium em 2022. O documento conjunto denuncia irregularidades na administração pública do governador como desvio de recursos, nepotismo, uso político de programas sociais e abuso de poder econômico.
A decisão de acatar a denúncia das lideranças políticas do Estado permitirá à Assembleia, por meio de uma Comissão Especial, investigar as acusações. Os líderes partidários têm agora 72 horas para indicar os membros desta comissão.
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O presidente da Assembleia, Soldado Sampaio (Republicanos), explicou que o seu papel na Assembleia, ao receber a denúncia é apenas verificar sua admissibilidade, “cabendo à Comissão Especial emitir um parecer sobre o caso“, reiterou.
Histórico de Denarium
Este é um dos sete pedidos de impeachment abertos contra Denarium, que é governador reeleito no ano de 2022. Outras denúncias na Assembleia envolvem a crise com os Yanomami, irregularidades em contratos da Secretaria de Saúde (Sesau) e da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes).
O advogado Jorge Mário Peixoto também apresentou uma denúncia separada, acusando o governador de corrupção durante a pandemia de Covid-19, especialmente criticando a prorrogação do estado de calamidade pública por motivos políticos.
Além dos problemas no Legislativo, Denarium enfrenta questões no Judiciário: a Procuradoria-Geral Eleitoral recomendou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua cassação por abuso de poder nas eleições de 2022, propondo também sua inelegibilidade por oito anos.
O governador já foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima em duas das três ações eleitorais movidas contra ele. A ministra Isabel Gallotti é a relatora do processo no TSE, mas ainda não há data definida para o julgamento sobre o caso.












