Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Vereadores de Manaus defenderam que a capital amazonense possa ser considerada como sub-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), após as críticas sobre o preço das hospedagens no período do evento, que deve ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará.
As declarações foram emitidas na volta dos trabalhos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nessa segunda-feira, 4/8. O vereador Simom Bessa (União) destacou que em meio as críticas a infraestrutura da rede hoteleira belenense, é preciso que as capitais amazônicas se unam para atender as necessidades do evento internacional.
“Não é o momento de criticar Belém, mas de se unir para que de fato esse evento aconteça e tenha uma certa efetividade. Que ali os assuntos tratados sejam bem sucedidos, que possam melhorar a questão da sustentabilidade, da bioeconomia, inclusive que a gente possibilite que pessoas que não tenham condições financeiras possam participar também”, ressaltou.
Leia mais: COP30: crise de hospedagem em Belém ganha força e governo busca soluções
Bessa protocolou um requerimento para que Manaus se apresente como uma alternativa para a COP-30 e pediu apoio dos colegas parlamentares para apoiarem a medida. O vereador Diego Afonso (União), defendeu a sugestão do correligionário partidário ao afirmar que a capital amazonense tem rede hoteleira extensa que “está ociosa”.
“Manaus tem condições necessárias de subsidiar a COP-30 e tinha condições tranquilamente de ser uma sede da COP-30. E Manaus precisa estar nessa rota da COP-30 e se irmanar com Belém para que a gente possa discutir, estar na pauta de soluções sustentáveis e climáticas do país e do mundo”, concluiu o parlamentar.
Crise de hospedagem

A crise de hospedagem em Belém para a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30) escalou nos últimos dias com a pressão de países para tirar o evento ambiental da capital do Pará. O motivo é a dificuldade de encontrar acomodações a preços acessíveis, o que preocupa especialmente as nações mais pobres.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP em Belém, admitiu o problema e diz que o governo busca soluções para convencer o setor hoteleiro a oferecer valores mais baixos durante a conferência. A cidade será mantida como sede.
“Se na maioria das cidades onde as COPs aconteceram os hotéis passaram a pedir o dobro ou triplo do valor, no caso de Belém estão pedindo mais de 10 vezes”, disse Corrêa do Lago na última quinta-feira, 31/7.












