Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Com a cota do Rio Negro em 13,19 metros nesta segunda-feira, 30/9, Manaus já registra a segunda maior seca de sua história. O nível do afluente na capital está a 0,49 centímetros da maior seca, registrada em outubro do ano passado, quando o rio chegou ao recorde de 12,70 metros.
Conforme dados do Porto de Manaus, o Rio Negro tem uma média diária de vazante de 20 centímetros nos últimos sete dias. A expectativa é de que a marca histórica de 2023 seja superada ainda nesta semana.
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Até então, a segunda maior seca da história havia sido registrada em 2010, quando o rio chegou ao registro de 13,63 metros. Tais informações analisam as médias desde 1902, ano em que começou o monitoramento do Rio Negro, no Porto de Manaus, onde uma régua mede o nível das águas diariamente.
Manaus continua em estado de emergência por causa da estiagem. A seca continua a transformar a paisagem local, agravando os problemas enfrentados pelas comunidades, especialmente as mais vulneráveis.

Fim da seca
Com a redução do nível da água, a principal dificuldade é a locomoção de pessoas e o transporte de insumos. Em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, o pesquisador em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB), André Martinelli, ofereceu um panorama sobre a previsão de encerramento da vazante em Manaus.
“Estamos enfrentando uma seca que, para algumas localidades, já é considerada histórica, e Manaus está caminhando nessa direção. Historicamente, mais de 80% das vazantes em Manaus ocorrem entre outubro e novembro, com uma divisão relativamente equilibrada: 45% em outubro e 43% em novembro”, destacou o especialista.












