Redação Rios
BRASIL – A população brasileira passou por mudanças notáveis na sua estrutura etária ao longo dos últimos 12 anos, de acordo com os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 27/10. Os números revelam um aumento de 57,4% no número de idosos, com mais de 22.169.101 pessoas com 65 anos ou mais no país, em comparação com os 14.081.477 registrados em 2010.
Essas transformações também se refletem na proporção de idosos em relação à população total. Em 2010, os idosos representavam 7,4% da população, enquanto em 2022, esse número subiu para 10,9%.
Por outro lado, o número de crianças com até 14 anos apresentou uma queda de 12,6%, passando de 45.932.294 em 2010 para 40.129.261 em 2022. Doze anos atrás, as crianças nessa faixa etária compunham 24,1% da população, mas agora representam 19,8%.
As faixas etárias intermediárias, entre 15 e 64 anos, mostraram uma leve variação na sua proporção em relação à população total. Em 2010, elas representavam 68,5% do total, enquanto em 2022 passaram a representar 69,3%.
O envelhecimento da população brasileira também é evidente, com a idade mediana aumentando seis anos, passando de 29 em 2010 para 35 anos em 2022. O índice de envelhecimento subiu para 55,2, indicando que agora existem 55,2 idosos para cada 100 crianças com até 14 anos, em comparação com o índice de 30,7 registrado em 2010.
As regiões do Sudeste (12,2%) e do Sul (12,1%) lideram em termos de proporção de idosos com 65 anos ou mais. Entre os estados, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os líderes nesse aspecto. Por outro lado, a população mais jovem, envolvendo crianças com até 14 anos, é mais expressiva nas regiões do Norte (25,2% do total de moradores) e do Nordeste (25,2% do total de moradores).
Esses números demonstram um cenário demográfico em constante transformação no Brasil, com implicações para políticas públicas e serviços relacionados à saúde, previdência e educação.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem divulgado os resultados do Censo 2022 de maneira progressiva, fornecendo informações cruciais sobre a população brasileira. De acordo com os dados mais recentes, a população do Brasil cresceu 12,3 milhões nos últimos 12 anos, atingindo um total de 203 milhões de habitantes. Curiosamente, algumas capitais registraram quedas na contagem de habitantes, demonstrando variações demográficas.
Os números divulgados incluem informações sobre a distribuição etária e de gênero da população. Esses dados são fundamentais para planejar programas habitacionais, sistemas de transporte, políticas públicas, ações afirmativas e abordagens de saúde, educação e mercado de trabalho. Eles também desempenham um papel vital no cálculo de projeções populacionais e na alocação de recursos.
O Censo Demográfico no Brasil ocorre a cada dez anos com o objetivo de fornecer um retrato abrangente da população e das condições de moradia no país. O Censo de 2022 enfrentou adiamentos devido à pandemia de COVID-19 e preocupações orçamentárias. Após inúmeros desafios e atrasos, a coleta de dados foi finalizada em fevereiro deste ano, abrangendo os 5.570 municípios do país. Esses números são essenciais para orientar políticas e decisões futuras no Brasil.
População Total
Os dados relacionados à faixa etária dos brasileiros foram apurados levando em conta a atualização dos números referentes à população total do país. Quando divulgou os primeiros resultados em junho, o IBGE anunciou que o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. No entanto, no fim de agosto, foi divulgada nota na qual foram mencionadas correções, e a população brasileira recenseada no Censo 2022 passou a ser formada por 203.080.756 pessoas, 18.244 a mais do que o anteriormente informado. A variação representa 0,009% do contingente populacional total.
A atualização ocorreu envolvendo a população de 566 municípios. Foram identificados problemas pontuais na coleta em 71 deles, o que demandou correções. Houve ainda alteração dos dados de 361 cidades, devido à detecção de casos em que o recenseador não observou adequadamente os limites de sua área de atuação e visitou equivocadamente alguns domicílios. Em determinados municípios, variações ocorreram após um aprimoramento na etapa pré-crítica, que envolve o refinamento dos dados.
*Com informações da Agência Brasil












