Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O filme O Último Azul, estrelado por artistas como Rodrigo Santoro, Denise Weinberg, Adanilo e Rosa Malagueta, que teve filmagens em Manaus, Manacapuru e Novo Airão, teve sua pré-estreia nesta terça-feira, 26/8, no Cinépolis Millenium, na zona Centro-Sul da capital.
A história da trama se passa na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo obriga idosos a viver em colônias para desfrutarem de seus últimos anos.
Tereza, de 77 anos, embarca numa jornada pelos rios e afluentes da região para realizar seu último desejo, que pode transformar seu destino para sempre. A estreia nos cinemas será nesta quinta-feira, 28/8.
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O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrevistou os artistas Rosa Malagueta, Denise Weinberg e Adanilo, que fazem parte do elenco da produção.
Representatividade

A atriz Rosa Malagueta, que interpreta Esmeraldina na produção, destacou o orgulho de fazer parte de um filme rodado inteiramente na região do Amazonas e com uma equipe composta por amazonenses.
“É gratificante ir ao cinema e ver a cara do Amazonas e dos artistas e trabalhadores locais que fizeram parte da produção. É ainda mais bonito quando a sala de cinema está lotada”, comemora.
Rosa também ressaltou a importância do reconhecimento dos artistas locais. “O Amazonas precisa ver e reconhecer seus artistas. Estivemos em Berlim e no Festival de Gramado no início do ano. Hoje, poder estar em Manaus, com todos os meus amigos que também fizeram parte desse filme, é um presente para a cidade e para o público”, afirmou.
Com 17 longas-metragens no currículo, Rosa se emocionou ao gravar no próprio Amazonas. “Fazer cinema dentro da nossa terra e ver as pessoas vindo nos prestigiar é muito importante. O filme mostra um Amazonas que muita gente ainda não conhece, mas que será visto pelo público, inclusive pelo próprio amazonense, que vai se identificar e entender sua própria identidade”, disse.
A Protagonista Denise Weinberg

A atriz Denise Weinberg, que interpreta a protagonista Tereza, considerou um presente receber o papel de protagonista em um filme que representa a libertação do idoso. “Esse filme representa a libertação do idoso, dar a ele o livre-arbítrio, a possibilidade de decidir sobre sua própria vida”, afirmou.
Denise destacou que a personagem não aceita as coisas fáceis e busca sua liberdade. “Foi uma opção acertada em escolher a liberdade para ela”, afirmou.
A atriz também elogiou a equipe técnica e artística do Amazonas. “Foi um trabalho muito coeso, com um elenco e uma equipe técnica extremamente preparados. Eles nos ajudaram o tempo todo”, relatou.
A experiência de filmar em barcos na Amazônia foi intensa, mas Denise destacou que o trabalho foi harmonioso. “Apesar das dificuldades, a equipe estava muito bem organizada. Foi uma relação amigável e conjunta para fazer o filme dar certo”, explicou.
Reconhecimento internacional

O ator Adanilo falou sobre o reconhecimento internacional que O Último Azul vem ganhando. Segundo ele, o filme reforça a continuidade do legado de outros artistas amazonenses, como as manifestações culturais do Festival de Parintins, já reconhecidas mundialmente. “O estado está ganhando mais visibilidade no mercado cinematográfico”, afirmou.
Adanilo citou também o trabalho de outros artistas amazonenses, como Isabela Catão e Rosa Malagueta, que são reconhecidos tanto no Brasil quanto no exterior. “Isso prova que o audiovisual produzido no Amazonas não deve nada para nenhum lugar do mundo”, destacou.
Oportunidades
Adanilo acredita que filmes como O Último Azul abrem novas oportunidades para profissionais locais e ajudam a expandir a produção de filmes no Amazonas.
“Não podemos mais fazer filmes no estado sem a nossa cara, sem a nossa representatividade. O Amazonas tem um enorme potencial para crescer ainda mais no setor audiovisual”, disse.
Ele também destacou o trabalho do diretor Gabriel Mascar, que foi responsável por reunir profissionais locais tanto no elenco quanto na equipe técnica. “O diretor tem uma mente aberta, e isso fez toda a diferença. Os mínimos detalhes no processo de produção foram fundamentais”, afirmou.
Adanilo comentou ainda sobre seu personagem, Ludemir, um homem amazônico marginalizado, que sofre com vícios e se envolve em um trajeto que o coloca em contato com a personagem de Denise, Tereza. “Não posso contar mais, mas será que o Ludemir vai ajudá-la a realizar seu desejo?”, sugeriu.
*Em colaboração com Gabriel Lopes e Hudson Neris












