Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar suspeitas de irregularidades no Cemitério Parque Tarumã, localizado na capital amazonense. O procedimento foi aberto após denúncias de abandono, especialmente na área em que foram sepultadas a maioria das vítimas da Covid-19.
A investigação tem como alvo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), administrada pelo secretário Sabá Reis (Avante). Entre as primeiras diligências, o MPAM determinou que a pasta preste esclarecimentos sobre as condições do espaço e os motivos para que o mesmo esteja de tal forma.
“Requisite-se o órgão investigado, para que preste os devidos esclarecimentos quanto às irregularidades estruturais indicadas no Cemitério Parque Tarumã, consistentes na ausência de limpeza e de manutenção, principalmente, na região em que foi enterrada a maioria das vítimas da Covid-19”, oficiou o MPAM.
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De acordo com a Portaria nº 0027/2025/57 PRODIHC publicada no Diário Oficial do MPAM, a apuração visa investigar “a suposta violação à dignidade humana e ao direito ao sepultamento adequado, no Cemitério Parque Tarumã, situado nesta Capital, em razão da ausência de limpeza e de manutenção do local”.
O documento assinado pelo promotor de Justiça Antônio José Mancilha destaca que a investigação é necessária “sobretudo, pela ausência de manifestação por parte do órgão investigado, de modo a corroborar com os indícios de irregularidades estruturais”. O procedimento foi instaurado no último dia 21 de agosto.

Manaus foi uma das cidades brasileiras mais atingidas pela pandemia de Covid-19, chegando a enfrentar colapso no sistema de saúde e alta demanda por sepultamentos. O Cemitério Parque Tarumã tornou-se símbolo desse cenário, concentrando grande parte dos enterros das vítimas, quando a capital viveu a crise do oxigênio em 2021.












