Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Movimento Nacional Mulheres Vivas está convocando uma manifestação para o domingo, 7/12, no Largo de São Sebastião, no Centro de Manaus. A mobilização também deve ocorrer simultaneamente em diversas outras cidades do país.
A manifestação em Manaus está prevista para começar por volta das 17h e acontece em meio à alta dos casos de feminicídio, tanto tentados quanto consumados. Um desses casos é o de Tainara Souza, de 31 anos, que foi arrastada por mais de 1 km pela Marginal Tietê, em São Paulo, pelo ex-companheiro.
“Não são casos isolados. Episódios distintos, mas movidos pela mesma lógica: relações marcadas por controle, rejeição da autonomia feminina e agressões anteriores que nunca foram tratadas com a gravidade necessária. Mais de mil mulheres já foram mortas em 2025 pelo fato de serem mulheres”, diz a organização do evento.
A organização reforça que os números crescentes de feminicídio evidenciam uma realidade marcada por violência estrutural.
“São números que não chocam mais quem vive essa realidade cotidianamente, mas que devem, sim, alarmar o país. Diante desse cenário insustentável, movimentos sociais e coletivos organizam um levante nacional neste fim de semana para afirmar o óbvio: feminicídio não é destino, não é ‘crime passional’, não é tragédia isolada. É violência estrutural, e precisa ter fim”, reforça a organização.
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Amazonas tem a 4ª maior taxa de feminicídio do Brasil
O Amazonas figura entre os estados com maior crescimento percentual no número de vítimas de feminicídio, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Mapa da Segurança Pública de 2025.
O estado registrou um aumento de 30,43% no número de feminicídios entre 2023 e 2024, passando de 23 para 30 casos. O quarto maior crescimento percentual do país.
A capital, Manaus, também aparece em destaque negativo: é o terceiro município do Brasil com maior número de feminicídios no ano passado, com 16 registros.












