Redação Rios
BRASIL – Um bólido — como são classificados os meteoros extremamente brilhantes — cruzou o céu da região Sul do Brasil e produziu uma intensa luz ao explodir sobre a divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na madrugada desta segunda-feira, 10/11.
O fenômeno foi registrado pelo Observatório Heller & Jung. De acordo com o professor e diretor da instituição, Carlos Fernando Jung, a passagem do meteoro durou apenas 2,4 segundos. Ele entrou na atmosfera a uma altitude de 89,7 quilômetros e explodiu a 52,8 quilômetros de altura, com magnitude de -8,9 — o que indica um brilho muito intenso.
“Devido à nova tecnologia de registro e análise por difração de luz que o observatório possui, agora é possível determinar as propriedades químicas dos meteoros”, explicou Jung.
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Segundo o pesquisador, as análises mostraram que o meteoro continha mais sódio do que magnésio, o que o classifica como pertencente ao grupo dos condritos tipo 2A — meteoritos formados por uma mistura de metal e rocha.
“Além de sódio e magnésio, há presença clara de ferro e traços de níquel, metais que costumam aparecer juntos e são típicos das rochas espaciais”, detalhou Jung.
Esses metais aumentam a resistência do meteoro e influenciam sua coloração durante a entrada na atmosfera, produzindo tons esbranquiçados e alaranjados. O elevado teor de sódio também indica que o corpo celeste era jovem e pouco exposto ao calor do Sol.
*Com informações da Agência Estado












