Nayandra Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Policiais do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) cumpriram na tarde desta quinta-feira, 30/5, mandado de prisão preventiva contra Cleusimar Cardoso, mãe, e Ademar Farias, irmão, da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, que morreu na terça-feira, 28.
A prisão foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) na última quarta-feira, 29, por meio da central de plantão criminal. Além deles, o TJAM também expediu a prisão de Verônica da Costa Seixas, Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva, os quais eram colaboradores do salão em que Djidja era sócia.
De acordo com o mandado de prisão, os crimes em que os suspeitos estão envolvidos são: estupro (lei: 2848, art. 213), associação para o tráfico de drogas (lei: 11343, art. 35, § 1º) e comércio de drogas (lei: 11343, art. 33, § 1º).

O mandado de prisão também solicita que as operadoras de telefonia forneçam informações sobre os alvos dos mandados. “De conformidade com o que dispõe o art. 2º, § 4º, da Lei referida, expeçam-se os competentes Mandados de Prisão Preventiva, com as cautelas e ressalvas de estilo expeçam-se os Mandados necessários a todas as Operadoras de Telefonia”, reitera o documento.
Dessa forma, ao término das investigações, o policial responsável deve enviar para o tribunal designado o que descobriu com a escuta telefônica, junto com um resumo do que aconteceu.
No documento, ainda foi ressaltado que a Secretaria deve fazer o trabalho do jeito que normalmente faz, ou seja, que notifique as pessoas envolvidas e as encaminhem para o sistema prisional do Amazonas.
Leia também: Boi Garantido se despede de ex-sinhazinha Djidja Cardoso
Djidja Cardoso
Morreu aos 32 anos a ex-sinhazinha do Boi-Bumbá Garantido, Djidja Cardoso, na manhã de terça-feira, 28/5. Ela representou o item 7 por cinco anos, em quatro festivais, entre 2016 e 2020.
Empresária e proprietária de uma rede de salões, Djidja Cardoso deixou o posto no final de 2020, após a troca de gestão no Garantido. A artista também foi consagrada Rainha do Peladão, em 2021, assim como sua mãe, Cleusimar Cardoso, em 1984.
O velório e o sepultamento da eterna “sinhá” foi realizado na quarta-feira, 28. Uma homenagem será realizada nesta quinta-feira, 29, no anfiteatro da Ponta Negra, às 19h, com soltura de balões.
Polêmicas
Após a morte de Djidja, entre lamentações e homenagens, surgiram diversas polêmicas envolvendo os familiares da ex-dançarina. Uma das tias de Djidja, Cleomar Cardoso, postou um desabafo nas redes sociais e acusou a mãe da ex-sinhazinha de omissão no socorro à filha. Além disso, a tia afirma que a mãe e o irmão da vítima impediram que os demais parentes pudessem interná-la, visto que ela era dependente química.

A família também afirma que a mãe dela e o irmão faziam uso de substâncias ilícitas para um ritual, e assim, estariam livres de doenças e curados espiritualmente.
Em áudios que circulam no WhatsApp, Cleusimar Cardoso, a mãe de Djidja, diz para uma das tias que tinha uma ‘solução’ para ajudar irmã a falar com o filho falecido e aconselhou a estudar sobre os psicodélicos, comer cogumelo e fumar cannabis.
“Eu seria a única pessoa do mundo e do universo a ajudar você a parar com esse teu sofrimento, porque você sofre pelo seu filho até hoje, porque ele morreu e agora eu poderia te ajudar, poderia até te ajudar a falar com ele se você acreditasse em mim, mas você não acredita. Não se preocupe com a Djidja, pior ela já esteve e eu não menti uma palavra quando você esteve aqui e não precisava fazer isso que vocês fizeram com a gente. Tá tudo bem, eu não caio por besteira. Agora uma coisa eu te falo, se você não estudar sobre os psicodélicos, comer cogumelo fumar cannabis, viver tua vida e curtir, tu vai envelhecer e morrer. Nem pra trabalhar era pra você trabalhar, era para estar meditando como eu.”












