Redação Rios
Os líderes iranianos prometeram nesta quinta-feira, 4/1, vingança por dois atentados a bomba que mataram dezenas de pessoas, um dia antes, no sudeste do país, mas não chegaram a culpar os militantes internos ou o principal inimigo externo de Teerã, Israel, pelo maior ataque em décadas.
As autoridades do Irã ainda estão investigando as explosões, que ocorreram na cidade de Kerman, perto de uma cerimônia pública em comemoração à morte de Qassem Suleimani, comandante da Força Quds de elite da Guarda Revolucionária Islâmica. Até o momento, foram registradas 84 mortes – número revisado para baixo das 95 reportadas anteriormente – e nenhum grupo reivindicou o ataque.
O sucessor de Suleimani, Esmail Qaani, rezou brevemente no local na quinta-feira, envolto por apoiadores que pediram vingança contra os EUA e Israel, que algumas autoridades iranianas acusaram de apoiar os ataques sem fornecer nenhuma prova. Outras autoridades disseram que as explosões foram obra de terroristas, um termo que o governo usa com frequência para se referir aos militantes do Estado Islâmico e a alguns grupos do Paquistão.
Autoridades norte-americanas afirmaram que os Estados Unidos não tiveram nenhum envolvimento no ataque e disseram não ter nenhuma indicação de que Israel estivesse por trás dele.
Os atentados ocorreram um dia depois que um líder sênior do Hamas foi morto em Beirute, no que as autoridades libanesas descreveram como um suposto ataque israelense. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e os militares israelenses não quiseram comentar se o país foi responsável pelo ataque no Irã. Os militares israelenses também se recusaram a comentar se foram responsáveis pelo ataque em Beirute.
*Com informações da Agência Estado