Redação Rios
BRASIL – O mercado de trabalho mais aquecido fez com que o número brasileiros com algum tipo de renda batesse recorde, chegando a cerca de 143,4 milhões de pessoas no ano de 2024.
A população com rendimento fixo de trabalho saltou para números que chegam a cerca 101,9 milhões, já com relação a população recebendo aposentadoria e pensão, os números chegaram a 29,2 milhões.
Os beneficiários de programas sociais foram de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024, esse patamar avançou comparado ao mesmo periodo da pandemia onde o pico foi de 27,5 milhões, em 2020.
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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Rendimento de todas as fontes, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 8/5.
Considerando as pessoas com alguma renda, o rendimento médio de todas as fontes subiu 2,9% ante 2023, a R$ 3.057 em 2024, o máximo da série histórica iniciada em 2012.
O rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos também foi recorde, R$ 3.225, alta de 3,7%. Já o valor médio do rendimento de outras fontes teve ligeira queda de 0,1% em relação ao ano anterior, para R$ 1.915.
Na renda de outras fontes, a categoria aposentadoria e pensão manteve o maior valor médio em 2024, R$ 2.528; o de programas sociais do governo foi de R$ 836; o de aluguel e arrendamento, R$ 2.159; pensão alimentícia e mesada, R$ 771; e demais rendimentos, como seguro-desemprego, aplicações financeiras e bolsas de estudos, R$ 2.135.
Com mais pessoas trabalhando e salários com ganhos reais, a participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu de 74,2% em 2023 para 74,9% em 2024. Os demais 25,1% eram provenientes de outras fontes, entre elas aposentadoria e pensão (16,8%), aluguel e arrendamento (1,9%), pensão alimentícia, doação e mesada (0,8%), programas sociais do governo (3,8%) e outros rendimentos (1,6%)
A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita teve ligeiro aumento de 3,7% em 2023 para 3,8% em 2024.
“Houve alta em programas sociais, mas não é Bolsa Família. A gente observa, principalmente, uma variação positiva do BPC-LOAS e de outros programas sociais”, afirmou Gustavo Fontes, técnico da pesquisa do IBGE.
A proporção de domicílios com algum beneficiário do programa Bolsa-Família recuou de 19,0% em 2023 para 18,7% em 2024, mas a fatia de lares com beneficiário do BPC-LOAS aumentou de 4,2% para 5,0% no período, maior porcentual da série histórica iniciada em 2012. O porcentual de domicílios que recebiam rendimentos de outros programas sociais aumentou de 1,4% em 2023 para 2,1% em 2024.
O IBGE ressaltou que o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era de R$ 717 em 2024, o equivalente a menos de 30% do rendimento médio de 2.424 registrado pelos domicílios não beneficiados. Para Gustavo Fontes, o indicador é importante para aferir que a destinação de recursos está beneficiando as famílias mais vulneráveis, público-alvo do programa de transferência de renda.
Em 2024, os estados do Norte e Nordeste mantiveram as maiores proporções de domicílios com beneficiários dos dois principais programas sociais, enquanto os do Sul tinham as menores proporções de lares beneficiados. Enquanto o Maranhão tinha 41,3% das casas com algum beneficiário do Bolsa Família em 2024, essa fatia descia a 4,4% em Santa Catarina.
*Com informações da Agência Estado












