Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Nas zonas Sul e Oeste de Manaus, indígenas e famílias em situação de vulnerabilidade social receberam doações de peixes em celebração à Semana Santa. As distribuições ocorreram no bairro Parque das Tribos — o maior bairro indígena urbano da capital — e na quadra da escola de samba Andanças de Ciganos, no bairro Cachoeirinha.
A Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam) entregou cerca de duas toneladas de pescado para 50 comunidades indígenas de Manaus. A ação também tem como objetivo valorizar os produtores locais, já que o peixe doado foi adquirido diretamente de piscicultores da região.
Leia também: Semana Santa: Vigília Pascal e Missa celebram a Páscoa para os católicos

“Quero agradecer pelas doações de peixes aqui na nossa comunidade, buscando sempre priorizar nossa luta por dignidade alimentar”, destacou o líder indígena Ismael Munduruku.
Samba e solidariedade
No bairro Cachoeirinha, zona Sul da capital, a boa vontade, determinação e união de sambistas garantiram a ceia pascal para mais de 150 famílias que não tinham condições de comprar peixe durante a Semana Santa. A distribuição aconteceu na quadra da escola de samba Andanças de Ciganos, localizada na rua Borba.
“O carnaval é cultural e social também, então o sentimento é de alegria e dever cumprido. A distribuição do pescado na Semana Santa é apenas uma das ações que a nossa escola desenvolve na comunidade. Muitas vezes, pessoas ao nosso lado precisam de alimento, mas não falam por vergonha. Precisamos estar atentos à necessidade do próximo — assim, estamos mais perto de Deus”, explicou o carnavalesco André Arruda.


De acordo com o presidente da Andanças de Ciganos, Vilson Benayon, a doação dos peixes foi possível graças a uma parceria com a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).
“Atendemos 150 famílias da comunidade da zona Sul de Manaus. Temos um departamento de ação social e, direta ou indiretamente, com outras ações desenvolvidas, ajudamos em média 250 famílias que precisam dessa inclusão”, destacou o presidente.
Ao portal RIOS DE NOTÍCIAS, o advogado André Arruda, diretor geral da Andanças de Ciganos, lembrou que o maior “eu te amo” da história não veio em forma de palavras, mas de entrega e doação.
“Foi dito em silêncio, entre feridas e lágrimas, no alto de uma cruz. Um amor tão grande que não precisou ser explicado, apenas vivido. Por mim, por você, por nós”, refletiu.












