Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Luciane Barbosa Farias, 39 anos, conhecida como a “Dama do Tráfico”, passará a cumprir prisão domiciliar e será monitorada por tornozeleira eletrônica, conforme decisão do Poder Judiciário.
A acusada foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento com o crime organizado e estava detida desde setembro deste ano, após uma operação realizada pela Polícia Federal (PF).
Luciane é casada com Edilson Rodrigues Pereira, conhecido como “Tio Patinhas”, apontado como um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas. Ele também cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima no Paraná.
Em setembro, Luciane foi presa em Cascavel, município do Paraná, durante ação da Polícia Federal. A prisão faz parte dos desdobramentos da Operação La Muralla, que investiga organizações criminosas e o tráfico internacional de drogas no estado do Amazonas.
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Lavagem de dinheiro e organização criminosa
Luciane Barbosa Farias já havia sido presa em maio deste ano pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), com o auxílio de agentes da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD).
A prisão ocorreu em sua residência, localizada no bairro Cidade de Deus, zona Norte de Manaus. Dois mandados de prisão foram cumpridos contra a acusada, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ainda em janeiro deste ano.
Projeção nacional
O nome de Luciane ganhou repercussão nacional em 2023, após sua presença em audiências no prédio do Ministério da Justiça, em Brasília, onde registrou fotos e vídeos durante visitas ao Conselho Nacional de Justiça, à Câmara dos Deputados e em encontros com políticos.
Na ocasião, o ministro Flávio Dino se manifestou sobre o caso e afirmou, em nota, que a “Dama do Tráfico” integrava um grupo de advogados, ressaltando que sua presença era de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que a acompanhavam.
No mesmo período, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) protocolou uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar as visitas de Luciane ao Ministério da Justiça. O episódio gerou desconfiança e questionamentos sobre a participação da acusada em compromissos oficiais.












