Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Festival Cultural Balaio da Oxum realizou sua 10ª edição nessa segunda-feira, 8/12, levando fé, arte e resistência para o Complexo Turístico da Ponta Negra, em Manaus.
O encontro reuniu povos tradicionais, lideranças indígenas, comunidades de terreiro e movimentos culturais em um grande ato em defesa da diversidade e do meio ambiente.
Com o tema “Águas de Retomada: naturezas sagradas, terras demarcadas”, o festival reforçou a urgência da preservação dos rios e territórios sagrados, conectando a celebração às discussões sobre emergência climática que estiveram em pauta na COP30.
A programação começou às 16h e cerca de uma hora depois, participantes seguiram em caminhada até a praia, em manifestação pública contra a intolerância religiosa e em defesa das expressões afro-amazônicas.
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Na orla, o público acompanhou o xirê, ritual marcado por cânticos, tambores e danças em louvor a Oxum e outras divindades do candomblé. As oferendas foram preparadas com materiais biodegradáveis, o que reforçou o compromisso ambiental do evento.


Homenagem a Oxum
Celebrado anualmente, o evento homenageia Oxum, orixá feminino das águas doces, ligada ao amor, à fertilidade, à prosperidade e à sensibilidade.
Na tradição afro-brasileira, Oxum também simboliza autoestima e abundância, sendo sincretizada com Nossa Senhora da Conceição e Aparecida.
Nas redes sociais, o Balaio da Oxum celebrou a força da edição deste ano. “Juntos somos mais fortes: mostramos isso mais uma vez em nossa caminhada contra a intolerância religiosa e em prol da diversidade e do meio ambiente”.












