Redação Rios
MANAUS (AM) – A cheia dos rios no Amazonas tem provocado o deslocamento de animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas, para áreas mais secas, muitas vezes próximas ou dentro de residências. A situação, comum em períodos de alagação, eleva o risco de acidentes, especialmente em comunidades rurais do interior do estado.
Com o avanço da cheia, o número de ocorrências aumenta. Só no mês de maio, foram registrados 242 acidentes com animais peçonhentos no estado, sendo a maioria (56%) provocada por serpentes.
Diante do cenário, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) alerta a população para reforçar os cuidados e medidas preventivas. Entre as orientações, estão o uso de calçados fechados, a limpeza de quintais, a atenção ao manusear entulhos e objetos armazenados, além de cautela ao andar por áreas de mata ou locais alagados.
Segundo a diretora da FVS, Tatyana Amorim, os animais buscam abrigo em locais secos durante as inundações, o que facilita o contato com humanos. “Medidas simples ajudam a reduzir o risco de acidentes, principalmente nas áreas mais afetadas pelas águas”, afirmou.
A gerente de Zoonoses da FVS, Érica Chagas, orienta que, ao avistar esses animais, o mais indicado é manter distância e acionar os órgãos de saúde ou defesa civil. Em caso de acidente, a recomendação é procurar atendimento médico imediato para garantir a aplicação dos soros antivenenos disponíveis na rede pública.
A FVS informou que mantém o abastecimento dos soros nas unidades de saúde do interior e segue acompanhando os casos. A distribuição dos antivenenos também foi ampliada em áreas indígenas, com o envio para 14 polos base, numa ação conjunta com a SES-AM, a Fundação de Medicina Tropical e o Ministério da Saúde.
Os registros deste ano apontam, além dos acidentes com serpentes (56%), ocorrências com escorpiões (16%) e aranhas (11%), o que reforça a importância de atenção redobrada durante o período da cheia.
*Com informações da Assessoria












