Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Justiça do Amazonas anulou, na manhã desta segunda-feira, 22/9, a sentença que condenava Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso.
Djidja foi encontrada morta em maio de 2024 dentro de sua casa, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, com suspeita de overdose por uso de ketamina.
Cleusimar e Ademar haviam sido sentenciados a 10 anos de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão foi proferida pelo desembargador Henrique Veiga, acompanhada pelos demais magistrados, após acolher o pedido da defesa da família Cardoso.
De acordo com os advogados, houve falhas no processo. Apesar da anulação, mãe e filho seguem presos até que uma nova decisão judicial seja proferida.
Leia também: Caso Djidja: Saiba quem é quem na seita ‘Pai, Mãe, Vida’
MP reconhece falha
O Tribunal de Justiça do Amazonas iniciou às 9h o julgamento do recurso apresentado pela defesa, realizado de forma virtual, com sustentação oral dos advogados. Durante o julgamento, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) reconheceu uma falha no processo e pediu que parte dos atos processuais fosse anulada, devolvendo o caso à primeira instância.
Mesmo com a admissão do erro, o MPAM defende a manutenção das condenações, alegando que existem provas consistentes contra os réus, como depoimentos e mensagens extraídas de celulares, que comprovariam a existência de uma associação criminosa voltada ao tráfico de drogas.
Nota da defesa
Em nota, a defesa de Cleusimar e Ademar comemorou a decisão e destacou ainda que os documentos apontam quantidade muito pequena de ketamina, o que reforçaria a tese de que os acusados seriam usuários e não traficantes.
Apesar de o pedido de liberdade não ter sido concedido, os representantes legais anunciaram que vão ingressar com Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
“Agora, com essa decisão, temos base sólida para levar o pedido de liberdade ao STJ e acreditamos em um resultado positivo até o fim da semana”, declarou a advogada Nauzila Campos.
Condenações
Ao todo, sete pessoas ligadas à família da ex-sinhazinha foram condenadas pela Justiça, apontadas como fundadoras do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, acusado de promover o uso de cetamina, uma droga alucinógena e de alto risco.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS procurou o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para demais esclarecimentos a respeito da decisão e aguarda retorno.












