Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A artista e cantora Márcia Siqueira passou mal devido ao uso de spray de pimenta durante a segunda noite do festival Sou Manaus, realizada no último sábado, 6/9, no Centro da capital. A filha da cantora, Letícia Siqueira, denunciou a falta de atendimento médico adequado dentro do evento.
Segundo Letícia, a organização do festival negligenciou a estrutura de emergência, o que dificultou o socorro à população e aos artistas. “Imagine em casos de extrema urgência, a pessoa teria que chamar logo uma funerária”, declarou.
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Em vídeos publicados por ela nas redes sociais, é possível ver Márcia sendo carregada por pessoas enquanto passava mal em meio a uma grande aglomeração. “É assim que nossos artistas são tratados”, criticou.
A cantora só conseguiu ser levada para atendimento após cerca de 40 minutos de espera, e mesmo assim, por meio de uma carona. “Depois de muita humilhação, conseguimos essa carona. Até o carro estava longe”, relatou Letícia.
População também denuncia problemas
Nas redes sociais, diversos internautas se solidarizaram com a artista e relataram problemas semelhantes. “Ontem, muitas meninas desmaiando e passando mal. Os bombeiros passavam direto, apitando no meio da muvuca. Ficava difícil se locomover”, afirmou uma usuária.
Outra internauta relacionou a situação à precariedade da saúde pública na cidade: “Não tem médico nem nos hospitais, imagina num evento desse”, comentou.
Uso de spray de pimenta pela PM
A confusão começou quando a Polícia Militar do Amazonas usou spray de pimenta para conter o avanço do público que tentava acessar os palcos do evento. Apesar do controle por pulseiras, muitas pessoas relataram desorganização na entrada.
O uso do spray acabou afetando diversas pessoas, inclusive a cantora Márcia Siqueira, que inalou o produto e passou mal no local.
Cobrança no estacionamento e críticas à gestão do evento
Letícia também relatou cobrança de R$ 30,00 pelo estacionamento do Teatro da Instalação, mesmo para pessoas com camisetas oficiais do evento. Segundo ela, o benefício do acesso livre foi reservado apenas para “amigos do prefeito ou sei lá quem”.
Posicionamento
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com a Prefeitura de Manaus, a Fundação Municipal de Cultura e Artes (Manauscult) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para obter esclarecimentos sobre o ocorrido. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações dos órgãos citados.












