Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O primeiro caso brasileiro da nova variante do coronavírus Arcturus, também chamada de XBB.1.16, foi confirmado no dia 1º de maio deste ano pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
A variante surgiu na Índia em janeiro de 2025 e se alastrou por quarenta países, incluindo o Brasil. As características clínicas são febre, tosse, dor de garganta, coriza e um fator novo, a conjuntivite viral.
Os pesquisadores ainda não encontraram características que indiquem que a Arcturus seja uma variante preocupante, assim como a Ômicron, e no passado Alfa, Beta, Delta e Gama.
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A nova linhagem vem sendo tratada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde meados de abril, como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês).
Embora a eficácia das vacinas possa ser reduzida contra a Arcturus, elas continuam sendo uma ferramenta fundamental para reduzir a gravidade dos casos e prevenir hospitalizações e óbitos. Por enquanto, a variante parece estar infectando as pessoas mais suscetíveis, aquelas que não se imunizaram com as doses de reforço.
“Por enquanto, não há expectativa de que a XBB.1.16 venha a causar grandes problemas, contudo, quando se trata de Covid, as coisas podem mudar a qualquer momento”, diz infectologista Dra. Mirian Dal Ben, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Arcturus e a Inflamação da conjuntiva
A Inflamação da conjuntiva é uma uma manifestação clínica peculiar da Arcturus. A Índia foi o primeiro país a relatar uma manifestação clínica frequente nas infecções por esta nova variante, que é a conjuntivite.
Os principais sinais e sintomas da conjuntivite são queimação, prurido, sensação de corpo estranho na vista (inicia-se unilateral e pode envolver o outro olho alguns dias depois), lacrimejamento, hiperemia (alteração na circulação sanguínea), edema palpebral e pontos de hemorragia subconjuntival.
Dentre os cuidados necessários recomenda-se evitar colocar as mãos nos olhos; não coçar os olhos; lavar as mãos com frequência com água e sabão; não compartilhar toalhas, travesseiros, almofadas, maquiagens, cosméticos e colírios; fazer a compressas com água gelada (previamente filtrada e fervida) ou com soro fisiológico. A hidratação da mucosa nasal pode facilitar a drenagem e abreviar a recuperação.












