Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – No Estado, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) informou que não há casos confirmados de sarampo de 2023 até janeiro deste ano. A Fundação conta ainda com uma rede de vigilância em saúde e a mantém sensibilizada para identificar casos febris e os casos exantemáticos (de doença infecciosa aguda, de natureza viral, potencialmente grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância) , que possam ser suspeitos de sarampo, e encaminhá-los à investigação.
Sobre a prevenção, a Fundação reforça a importância da vacinação contra o sarampo, sendo ainda a principal arma de proteção contra a doença. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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As medidas usadas para monitoramento do sarampo incluem: controle e intensificação das vacinas; vigilâncias ativa nas redes de saúde para detecção oportuna de casos suspeitos; vigilância da população suscetível aos casos; manutenção das equipes de saúde atualizadas para detecção de casos suspeitos e ação de controle; e evitar oportunidades perdidas quanto à vacinação.
Sarampo no Mundo
A ONU afirma que os casos de sarampo estão aumentando no mundo. É uma das doenças mais transmissíveis. Se uma pessoa se contamina, quase todos ao seu redor vão pegar o vírus, se não estiverem vacinados. Uma publicação da Agência Brasil mostra que nas últimas semanas, países como México, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal emitiram alertas após a confirmação de casos, com o óbito de uma criança de 19 meses na província de Salta, na Argentina.
A Agência Brasil divulgou que no país, o Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no estado. O paciente é um menino de 3 anos que chegou ao município de Rio Grande no dia 27 de dezembro, procedente do Paquistão, país com circulação endêmica da doença. Diante da confirmação, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul reforçou, em nota, a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano e até os 59 anos, conforme calendário nacional de vacinação.
“Com a suspeita, foi realizado bloqueio vacinal seletivo nos familiares, vizinhos e profissionais da saúde. A criança está bem e seus familiares não apresentaram sintomas. O município segue monitorando atendimentos por febre, exantema e tosse ou coriza ou conjuntivite, sem nenhuma identificação de caso suspeito.”
O esquema vacinal completo do sarampo consiste em duas doses até os 29 anos, ou uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Em crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e aos 15 meses. Profissionais de saúde devem receber duas doses, independentemente da idade. Em situações de bloqueio vacinal, a imunização seletiva é recomendada para todos com idade acima de 6 meses.
A doença
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, especialmente grave em menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos e extremamente contagiosa, que infecta nove a cada 10 pessoas suscetíveis após exposição ao vírus. A doença é transmitida de forma direta, por meio de secreções, ao tossir, espirrar ou falar. Casos suspeitos devem ficar em isolamento respiratório e fazer uso de máscara cirúrgica desde o momento da triagem nos serviços de saúde.












