Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O termo “adultização infantil” começou a ganhar mais destaque nos últimos dias nas redes sociais, após a denúncia feita pelo influenciador Felca sobre o tema. O levantamento dos dados do Google Trends foi realizado pelo Portal RIOS DE NOTÍCIAS, nesta quarta-feira, 13/8.
De acordo com as informações do Google Trends, o termo registrou um aumento repentino nas buscas, sendo a palavra mais procurada no estado do Acre (100), localizado na região Norte.
Os estados com maior incidência nas buscas estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste. Outras regiões que também buscaram pelo termo, conforme dados revelados nas primeiras horas da manhã, incluem:
Pontuações – Interesse de Pesquisa
- Acre (100)
- Maranhão (77)
- Rio Grande do Norte (70)
- Tocantins (67)
- Alagoas (60)
- Paraíba (55)
- Sergipe (53)
- Piauí (51)
- Distrito Federal (51)
- Pernambuco (50)
- Bahia (46)
- Rio Grande do Sul (43)
- Minas Gerais (42)
- Espírito Santo (42)
- Amazonas (41)
Outros termos que entraram em ascensão nas pesquisas realizadas na plataforma Google foram: Kamylinha Santos, uma das participantes e menores de idade expostas por Hytalo Santos em suas redes sociais, e os termos adultização – o que significa (com aumento de mais de 110%), sexualização infantil – assunto e sexualização – assunto (ambos com aumento de mais de 150%).
No dia 12 de agosto, houve oscilações na procura pelo termo adultização infantil, variando entre 10 e 25 pontos, com picos chegando até 35 pontos durante o dia. No final do dia, os números subiram, alcançando valores entre 40 e 50 pontos.
Durante a madrugada e o início do dia 13/8, ocorreu um pico absoluto, com os números indo de 55 a 100 pontos, indicando um maior volume de buscas, em paralelo com outras notícias relacionadas ao caso que surgiram na terça-feira, 12/8, sobre projetos de lei voltados à adultização.
Diante desse cenário, o riosdenoticias.com.br conversou com a especialista e professora de Tecnologia, Roneuanne Grazielle, para entender o interesse crescente do público pelo termo.
Padrões e comportamentos de busca
Para a professora Roneuanne Grazielle, é possível observar diversos picos significativos de busca, alinhados com vídeos virais e discussões nas redes sociais, como o conteúdo do influenciador Felca, além da proposição de projetos de lei no Legislativo. Ela acredita que os picos de busca mostram que a audiência responde rapidamente a conteúdos visuais impactantes e pautas legislativas.
“As buscas também se concentram em regiões específicas, como capitais e grandes centros urbanos, o que pode indicar onde o tema tem maior ressonância”, comenta a especialista.

Roneuanne também destaca que a propagação viral de vídeos denunciando a adultização infantil, juntamente com o debate institucional gerado por um “Projeto de Lei Felca“, impulsionou as buscas pelo tema.
“O protagonismo de influenciadores sociais ao abordar o fenômeno com profundidade também contribuiu para sensibilizar pais, educadores e legisladores, ampliando a visibilidade e as buscas online”, explica.
Estratégias de comunicação
Para a especialista, os dados do Google Trends ajudam na formulação de estratégias de comunicação, permitindo abordar o tema de forma responsável, adequando a linguagem ao público sensibilizado.
Grazielle alerta que é importante adotar um tom educativo, em vez de alarmista, além de adotar uma abordagem empática e informativa. “O monitoramento de picos de interesse permite lançar campanhas de conscientização, informes oficiais ou editoriais no momento certo”, destaca.
A especialista também aponta que as redes sociais foram o epicentro do engajamento, com destaque para plataformas como o YouTube, onde o vídeo do influenciador Felca se tornou viral, com dezenas de milhões de visualizações no Instagram e no X (antigo Twitter).
“Discussões se espalharam com hashtags e publicações de repúdio ou apoio. A mídia tradicional digital (como portais de notícias, por exemplo) também repercutiu constantemente sobre o tema”, comenta.
Análise de tendências
Roneuanne Grazielle aponta que o Google Trends permite mapear a intensidade das buscas por região e período. No Brasil, o interesse se concentra em capitais e grandes centros urbanos.
“Entretanto, a ferramenta não revela dados demográficos como idade, gênero ou renda, sendo necessário combinar com outras fontes, como pesquisas de comportamento ou redes sociais, para aprofundar o perfil”, explica.
Ela ressalta que a análise de tendências pode ser usada para prevenir desinformação ou sensacionalismo sobre o tema e ajuda a posicionar o portal como um espaço responsável, antecipando a cobertura com cuidado editorial e destacando as responsabilidades das plataformas e da legislação vigente.
“Isso contribui para a educação midiática do público, explicando limites à exposição infantil e incentivando debates éticos qualificados”, conclui Roneuanne.












