Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A professora Suelem da Silva Santa Luzia, de 42 anos, vive dias de incerteza desde que parte da sua casa desabou durante a forte chuva da última quinta-feira, 2/10, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus. Mesmo após visitas da Defesa Civil, engenheiros e servidores da prefeitura, ela continua sem apoio e sem ter para onde ir.
“Eu ainda estou aqui, cobri as paredes com lona, mas não tenho pra onde ir. A Defesa Civil veio, disse que a casa foi condenada, mas até agora nada. Disseram que iam voltar, e eu sigo esperando”, contou Suelem, em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS.
Suelem da Silva, professora
Segundo a moradora, o desabamento começou com o afundamento do chão e o descolamento da parede do quarto, por volta das 8h45 da manhã. “Meu namorado estava em casa, tomando café. Ouviu uns estalos e achou que fosse a chuva. Em menos de um minuto, o chão do quarto abriu. Primeiro caiu o piso, depois a parede veio junto. Foi um desespero”, relatou.
A professora afirma que, no mesmo dia, acionou a Defesa Civil Municipal. Os agentes só chegaram à residência por volta das 11h da noite da sexta-feira, 3 “Vieram dois engenheiros, olharam e disseram que não tem como morar aqui por enquanto. Mas eu continuo, porque não tenho onde colocar minhas coisas”, disse.
Além do medo de novos deslizamentos, Suelem relata que o aterro irregular feito por uma ex-vizinha contribuiu para o problema. “Quando ela morava aqui, aterrou o terreno de frente pra trás, e toda a água descia pro meu quintal. A casa dela hoje é alugada, e eu fiquei com o prejuízo”, afirmou.
Desde o incidente, Suelem tenta contato com as secretarias municipais, mas diz não ter retorno. “Falaram que iam me procurar pra assinar o auxílio, mas já vai fazer uma semana e nada. Eu sigo indo trabalhar, preocupada, com medo de que chova de novo e piore a situação”, contou.
“A gente fica com o coração apertado. Qualquer chuvisco à noite, a gente não dorme. Domingo foi aquele temporal e eu nem sabia mais o que era dormir direito”, desabafou.












