Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Neste domingo, 11/8, Manaus amanheceu pelo segundo dia consecutivo coberta por uma densa fumaça, principalmente devido às queimadas. De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a qualidade do ar na capital está entre “muito ruim” e “péssima” em vários bairros.
Pela manhã, a poluição atingiu níveis elevados em quase toda a cidade, com destaque para o bairro Novo Aleixo, na Zona Norte, que registrou 126.8 PM2.5, classificando a qualidade do ar como “péssima”. Diversas outras áreas da capital apresentaram índices próximos a 100 PM2.5, medida que calcula a concentração de partículas poluentes na atmosfera.
Para comparação, a qualidade do ar é considerada “boa” quando o índice está entre 0 e 50. Acima disso, o ar já pode causar desconforto. Quando ultrapassa a faixa de 100, a situação torna-se prejudicial à saúde, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades ou problemas respiratórios.

Queimadas
Ao analisar o índice de queimadas, principal causa da fumaça que encobre Manaus, é possível identificar que os focos não estão localizados na capital. A maior parte das queimadas ocorre na região Sul do Amazonas, em municípios como Manicoré, Novo Aripuanã, Humaitá, Lábrea e Apuí, áreas conhecidas pela intensa atividade agropecuária.
Manicoré, que já sofre com os impactos das queimadas, está a 331 km de Manaus e apresenta um índice de poluição de 207.5 PM2.5, considerado extremamente insalubre e classificado como uma condição de emergência. Em Novo Aripuanã, a 228 km da capital, a qualidade do ar já é considerada “muito ruim”.













